Receita em ICMS, principal fonte, despencou 14% no mês; tombo nominal chega a R$ 119,5 milhões
Os cofres do governo estadual sofreram desfalque de R$ 51,3 milhões na arrecadação com impostos em maio deste ano, se comparado com igual mês do ano passado. O Estado fechou o quinto mês do ano com entrada de R$ 871,4 milhões, recuo de 5,56% em relação aos R$ 922,7 milhões de maio de 2019.
A retração é reflexo da desaceleração na atividade econômica, provocada pela pandemia de novo coronavírus. Somente em maio, a Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul) identificou o fechamento de 336 empresas – maior número desde janeiro.
Mato Grosso do Sul não fechava maio com queda na arrecadação em relação ao mesmo mês do exercício anterior desde 2009, quando as economias mundiais sofriam o impacto do colapso de 2008 no mercado financeiro estadunidense. Há 11 anos, a receita do Executivo estadual com tributos no mês de maio variava -1,18%.
Este ano, o maior tombo veio no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), principal fonte de
arrecadação do governo sul-mato-grossense. A diferença em maio foi de R$ 67,6 milhões, para menos, em relação a maio de 2019. Parte das perdas em ICMS foi recuperada por outros tributos.
A queda é mais acentuada se comparados os resultados de maio com os de abril de 2020, quando o Executivo estadual levantou R$ 980,3 milhões com impostos. O tombo é de 11,1% O ICMS novamente puxa a decaída, com diferença negativa de 14,21% de um mês ao outro. A perda nominal chega a R$ 119,5 milhões.
O recuo, porém, ainda está distante dos R$ 250 milhões projetados pelo governo do Estado. A Sefaz (Secretaria
de Estado de Fazenda) foi procurada para repercutir os números, todos fornecidos pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), mas não houve retorno até o fechamento deste texto.
(Confira mais na página A8 da versão digital do jornal impresso O Estado)