Cerca de 39% da população de MS estão comprando virtualmente

Corumbá tem o maior percentual de MS de empresários que alteraram os canais de comercialização

O impacto econômico causado pelo coronavírus (covid-19) trouxe prejuízos ao comércio sul-mato-grossense com o fechamento de 1.640 empresas entre janeiro e maio deste ano, aumento de 47,48% em relação aos 1.112 negócios extintos no mesmo período de 2019. A informação foi repassada pela Fecomércio/MS, por meio da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems).

Para tenta conter a situação da crise atual, cerca de 39% da população do Estado estão comprando por canais virtuais, conforme dados do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio (IPF). Corumbá tem 90% de empresários que alteraram os canais de comercialização, sendo o maior percentual de MS. Em Campo Grande, houve 65%.

Após a pandemia, a empresária Samah Ziad, 37 anos, calcula perda de R$ 12 à R$ 20 mil na sua loja de roupas “Espaço Samah Ziad”, em Corumbá. Ela tem a loja física há seis anos e para amenizar a situação, ela decidiu trabalhar com e-commerce (vendas online), por meio do Instagram @espaco_samah_ziad e pelo site www.samahziadespaco.com.br com entrega grátis para todo MS.

Crédito: Reprodução/Instagram

Ela conta que pelo site ainda não conseguiu fazer nenhum tipo de venda e que pelo Instagram obteve lucro em apenas dez. “De antes da pandemia para agora as vendas caíram 80%. Acho que ainda não está próximo de recuperar. Tem muita loja fechando, estamos aqui na garra e na coragem”.

Estratégias de vendas

Samah não entende o motivo de o site ter muitas visitas e não ter sucesso nas vendas. Para isso, o administrador e especialista em gestão de inovação, Marcos Silva, orienta que o cliente busque saber o que pode segurar o cliente para que adquira um produto da loja. “É importante ter uma relação com o cliente. Ter uma análise gerencial de como está o seu negócio, como está a questão financeira, estoque, tendência de moda. É muito mais amplo do que se pensa”, orientou.

Ele destaca ainda sobre ‘alimentar’ as páginas online com conteúdo para que o cliente interaja. Uma dica é usar como método o Benchmarking, isso significa buscar referência em lojas de sucesso para tentar copiar as melhores práticas. “A pessoa se inspira em empresas que estão fazendo o mesmo, numa tentativa de melhorar as práticas empresariais e aumentar o desempenho”, finalizou.

(Texto: Izabela Cavalcanti)

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