Capital concentra quatro a cada dez empresas fechadas em MS

Em Mato Grosso do Sul, foram registrados 545 novos negócios e a extinção de 336 CNPJs (Cadastros Nacionais de Pessoa Jurídica), informou a Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul), órgão vinculado à Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Do número total de fechamentos, Campo Grande foi a responsável por 44,64% deles, com destaque para o encerramento de empresas do setor do comércio.

De acordo com o levantamento mensal, entre os municípios que mais contribuíram para o resultado das extinções, Campo Grande fechou pelo menos 150 empresas, o que representa 44,64%. Já em Dourados foram 33 extinções, o que representa 9,82% do total, seguido por Três Lagoas, com 15 extinções, ou seja, 4,46%. Ponta Porã, com 11 extinções, foi responsável por 3,27% dos empreendimentos extintos.

Em contrapartida, no número de aberturas, os municípios que mais contribuíram foram: Campo Grande, com 235 novas empresas; seguida por Dourados, com 67 novas empresas; e Ponta Porã, com 26 novos estabelecimentos.

O presidente da Jucems, Augusto César Ferreira de Castro, insiste que o fator que mais contribuiu para o incremento no número de fechamentos de empresas foi a extinção da taxa de pagamento para o processo. “Além dos impactos econômicos da COVID-19, parte do número se deve à decisão do governo federal, de outubro de 2019, que extinguiu a taxa paga por empresários para fechar a empresa, facilitando o processo”, destacou.

A Jucems informou ainda que, entre janeiro e maio de 2020, pelo menos 1.640 empresas foram fechadas, o que representa um aumento de 47,48% em relação aos 1.112 negócios extintos no mesmo período de 2019. Em contrapartida, no mesmo período foram registradas 2.906 novas empresas. O número representa apenas 16 empresas a mais que o registrado no mesmo período de 2019. Para o titular da Semagro, Jaime Verruck, os bons resultados do primeiro trimestre deste ano conseguiram amenizar os resultados do total de aberturas. “Nossa previsão inicial era de 2020 ser o melhor ano de abertura de empresas dos últimos nove anos, o que vinha se confirmando até março,

por isso que os números totais seguem elevados em relação a 2019. A mudança em decorrência da pandemia da COVID-19 começa a ser percebida em abril, com maior impacto no comércio”, explicou.

Serviços lideram em aberturas; comércio à frente em fechamentos

Quando se analisam os dados obtidos na abertura de empresas por setor econômico, é possível observar que, em maio, o setor de serviços foi o responsável por 66,06% das empresas constituídas, com 360. Outro setor de importância foi o comércio, responsável por 29,54% e 161 novas empresas. Por último, a indústria, representando 4,40% do total de aberturas, com 24 empresas.

Em contrapartida, nos fechamentos, o setor que mais contribuiu para o índice foi o comércio, com 47,92% e 161 empresas, acompanhado pelo setor de serviços, com 45,24% e 152 extinções. A indústria respondeu por 6,85%, ou seja, 23 empresas.

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(Texto: Michelly Perez/publicado no site por Karine Alencar)

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