Lojas seguraram compras e renovação dos estoques por causa da restrição às festas e aglomerações
Uma das mais tradicionais festas que acontecem anualmente por todas as regiões do país, a festa junina neste ano deve ganhar novas modalidades. Em Campo Grande, lojistas se preparam para vender os produtos restantes dos anos anteriores e apelam para que consumidores não deixem de comemorar, mesmo que seja em casa. Além disso, afirmam que a flexibilização de medidas de isolamento social, mesmo que para festas de pequeno porte, seria de grande ajuda para o comércio.
Mônica Oliveira, gerente da Paulistão da Rua Rui Barbosa, no Centro, afirmou que, diferente do ano passado, a loja optou por não comprar novos produtos, em razão da baixa perspectiva de festividades. “Para este ano esperamos uma queda bem significativa na comparação com as vendas do ano passado, e por isso nem realizamos os pedidos de novos produtos. Vamos vender apenas o que restou do ano passado. Não podemos fazer investimentos se não temos certeza do retorno. As compras deveriam ter sido feitas em março e, com a pandemia, foram todas canceladas. Acho que o que pode ajudar de alguma forma seria uma flexibilização para a realização de festas, pois sem elas não temos vendas”, destacou.
Consciente da necessidade de evitar aglomerações e atividades que contribuam para a propagação do novo coronavírus, a loja de artigos domésticos Giga apostou na campanha “Arraiá em Casa”, explicou Rodrigo Silva, gerente da unidade localizada na Avenida Afonso Pena, também no Centro.
“A gente vai tentar fazer com que as vendas não registrem um decréscimo muito grande, por isso vamos apostar em vender os artigos que restaram do ano passado e alguns itens que chegaram antes da pandemia. Queremos que as pessoas festejem em casa e, por isso, lançamos essa campanha. Se tivermos pelo menos pequenas comemorações em família já teremos vendas melhores”, destacou.
(Confira mais na página A7 da versão digital do jornal impresso O Estado)