Combustíveis e desaceleração nos alimentos puxaram índice para -0,57%
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de Campo Grande bateu novo recorde em maio, com deflação de -0,57% – maior desde janeiro de 2014, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) passou a calcular o indicador na cidade. O mês anterior, abril, detinha a variação mais negativa da série histórica até então, de -0,43%.
Entre as 16 capitais brasileiras pesquisadas, a deflação em Campo Grande só não superou a de Belo Horizonte (MG), com -0,60%. Curitiba (PR) empatou com a sul-mato-grossense. Todas as capitais estudadas “andaram para trás” em maio, se comparadas com o mês anterior. O IPCA nacional ficou em -0,38%.
A queda nos preços dos combustíveis foi determinante para os resultados de maio. De acordo com o IBGE, a gasolina registrou retração de -6,04% em Campo Grande; o etanol de -6,88%; e o óleo diesel de -7,49%.
A tendência é de recomposição destes tombos em junho, com os constantes reajustes propostos pela Petrobras no preço da gasolina e do óleo diesel nas refinarias, no mês passado.
A maior diminuição no grupo “transportes”, que responde por aproximadamente um quinto sobre o peso do índice, foi identificada nas passagens aéreas (-34,54%). Outro grupo que impacta em um quinto do IPCA é o de “alimentação e bebidas”, que, com crescimento tímido de 0,11% ante abril, “desacelerou”, segundo a supervisora de disseminação de informações do IBGE em Mato Grosso do Sul, Elenice Cano.
“Existem itens que têm peso maior na cesta, como o tomate. Alguns destes puxaram bastante”, diz. Os principais recuos foram nos preços de repolho (-22,15%), tomate (-16,28%) e frutas (-5,59%).
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(Texto: Jones Mario/Publicado por João Fernandes)