Os impactos na economia causado pelo coronavírus (Covid-19), levaram as contas públicas a fecharem o mês de abril com o maior saldo negativo da história do Banco Central, desde dezembro de 2001. O mês se encerrou com déficit de R$ 94,303 bilhões.
Os dados do setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, foram divulgados hoje (29) pelo BC. O resultado do mês passado supera todo o déficit primário, receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros de 2019, que ficou em R$ 61,872 bilhões.
Em abril de 2019, houve superávit primário de R$ 6,637 bilhões. No mês passado, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) apresentou déficit primário de R$ 92,165 bilhões.
Os governos estaduais e municipais também registraram saldo negativo: R$ 1,332 bilhão e R$ 611 milhões, respectivamente.
As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário de R$ 195 milhões no mês passado.
No primeiro quadrimestre, o déficit primário chegou a R$ 82,583 bilhões, contra o resultado positivo de R$ 19,974 bilhões, de janeiro a abril de 2019.
Em 12 meses encerrados em abril, o déficit primário ficou em R$ 164,429 bilhões, o que representa 2,25% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
A meta para este ano era de déficit primário de R$ 118,9 bilhões. Entretanto, o decreto de calamidade pública dispensou o governo de cumprir a meta.
(Texto: Karine Alencar com a Agência Brasil)