Agora as pequenas empresas também farão parte do novo programa de garantia a crédito de R$ 20 bilhões, após a equipe econômica finalizar proposta de Medida Provisória (MP). Na indicação inicial o crédito seria direcionado apenas para as médias.
A inclusão ocorreu em meio a reclamações generalizadas sobre a dificuldade das micro e pequenas empresas em acessar crédito, com as instituições financeiras negando pedidos de empréstimo pelo temor de inadimplência à frente.
“Vale frisar que os efeitos da paralisação das atividades são sentidos com mais força nas pequenas e médias empresas, as quais necessitam acesso a novas fontes de recursos, haja vista que uma das maneiras de se preservar essas empresas é assegurar o atendimento de suas despesas correntes dos próximos meses”, escreveu o ministro da Economia, Paulo Guedes, no documento.
Para evitar o direcionamento de um grande volume de recursos de uma vez sem que haja percepção sobre a eficácia do programa, o aporte inicial será de R$ 5 bilhões, com as parcelas seguintes ocorrendo “conforme a demanda do mercado de crédito por garantias”.
Nesta quinta-feira (28), o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, disse que ainda não está claro se o governo vai transferir ou não os outros R$ 17 bilhões para o Pese, que é voltado exclusivamente para o financiamento de salários para os negócios com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 10 milhões.
Na exposição de motivos, Guedes diz ainda que o novo programa de oferta de garantia para crédito vai se somar ao Pronampe, que é voltado aos negócios com faturamento de até 4,8 milhões de reais ao ano —limite para enquadramento no Simples.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Reuters)