O principal índice da Bolsa Brasileira, o Ibovespa, subiu mais de 2% na sessão desta quinta-feira (21), ultrapassando dos 83 mil pontos pela primeira vez desde o fim de abril. Já o dólar teve mais um dia de forte queda sendo cotado abaixo de R$ 5,60.
O Ibovespa fechou em alta de 2,1%, a 83.027,09 pontos. Na máxima da sessão, chegou a 83.308,96 pontos. O volume financeiro somou R$ 27,7 bilhões.
O pregão teve como pano de fundo relatório do Goldman Sachs apontando que a América Latina oferece o maior valor entre ações de mercados emergentes, com a bolsa paulista sendo provavelmente a melhor candidata a recuperação.
“As ações brasileiras em dólares têm sido o ativo com o pior desempenho em meio ao ‘sell-off’ de mercados emergentes, e recomendamos a investidores que comprem Bovespa”, afirmaram os estrategistas, citando entre os fatores espaço de recuperação no mercado brasileiro com a melhora do risco global e relacionamento historicamente próximo com preços de commodities.
No exterior, Wall Street fechou no vermelho, conforme tensões comerciais entre Estados Unidos e China e resultados divergentes de varejistas, além de dados econômicos, trouxeram receios sobre o ritmo de recuperação das economias afetadas pelo coronavírus. O S&P 500 caiu 0,78%.
A moeda norte-americana renovou mínimas desde o começo do mês num pregão de evidente fraqueza da moeda ante divisas emergentes próximas do real, com as operações domésticas amparadas ainda por sinais positivos do lado político e de suporte do Banco Central à taxa de câmbio.
O dólar à vista fechou em baixa de 1,89%, o que representa R$ 5,5824 na venda, menor patamar desde 4 de maio (R$ 5,5224). Na véspera, a cotação já havia cedido 1,23%. É a terceira firme queda do dólar em quatro sessões.
Na B3, o dólar futuro desvalorizava 2,04%, a R$ 5,5805, às 17h07min.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Reuters)