Após queda de quase 3% na véspera, o dólar voltou a fechar em alta e nesta quinta-feira (30) teve ganho de 1,55%. Já o principal índice da Bolsa Brasileira, o Ibovespa, encerrou a sessão em queda drástica de 3,2%, se mantendo no patamar dos 80 mil pontos.
A moeda norte-americana encerrou a semana em queda de mais de 4%, ao fim de um período marcado por alívio nos temores quanto à permanência de Paulo Guedes no governo e pelo reforço nas intervenções cambiais do Banco Central.
A sessão desta quinta-feira levou o dólar a ser cotado a R$ 5,4380 na venda, o que representa um aumento de 1,55%.
Na semana, a cotação caiu 4,06%, mas ainda encerrou abril com valorização de 4,69%. Nos quatro primeiros meses do ano, o dólar disparou 35,51%.
Em meio à melhora das expectativas mundiais para o pós-coronavírus, o Índice fechou abril com o melhor desempenho mensal em 15 meses.
O Ibovespa caiu 3,2% na sessão, o que representa 80.505,89 pontos. Ainda assim, acumulou alta 10,25% no mês, marcando o maior avanço mensal desde janeiro de 2019, quando teve ganho de 10,8%. Na semana, o avanço foi de 10,8%. O volume financeiro somou R$ 27,7 bilhões.
Enquanto seguiram monitorando a evolução diária do Covid-19 no mundo, analistas também deram atenção a números trimestrais corporativos e de atividade econômica, assim como aos pacotes de governos, par tentar medir a dimensão e duração do estrago sobre os ativos financeiros consequentes das medidas de isolamento para tentar o avanço da pandemia.
Nesta sessão, os agentes encontraram bons motivos para vender ações em embolsar parte dos lucros dos últimos três dias.
Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA somaram 3,84 milhões na semana encerrada em 25 de abril. No Brasil, a taxa de desemprego terminou o primeiro trimestre em 12,2%, com 12,85 milhões de desempregados, movimento sazonal, mas que já deu os primeiros sinais da pandemia.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Reuters)