Representantes dos organizadores de eventos em Campo Grande se reuniram, na manhã desta quinta-feira (23), com o presidente da Câmara Municipal, vereador Prof. João Rocha, e pediram auxílio para centenas de trabalhadores que, por conta da pandemia do novo Coronavírus, estão sem trabalhar. Eles estimam cerca de 300 microempresas e mais de 3 mil trabalhadores afetados diretamente pela paralisação do setor.
“Não imaginávamos como era gigante a informalidade nesse setor. Depois dessa crise, todos vão sair diferentes, com certeza. Nosso movimento é apartidário e queremos que vocês, vereadores, comprem essa ideia. Precisamos ajudar essas pessoas que estão sobrevivendo somente com os 600 reais do Governo”, pediu Adriana Diane Zanoni, que integra o Mope-MS (Movimento dos Organizadores Profissionais de Eventos de Mato Grosso do Sul).
O grupo mapeou dezenas de famílias que dependem dos trabalhadores do setor, que atuam, em sua maioria, na informalidade e dependem das diárias que ganham nos eventos. Desde então, foram quase 60 cestas básicas entregues, além de gás e outros mantimentos.
“Até quem era um pouco mais estruturado, vai se desestruturar uma hora. Falamos do movimento como um todo. As pequenas empresas também já estão passando necessidades”, cita Cristiano de Sales, outro integrante do movimento.
O setor de eventos foi o primeiro a paralisar as atividades após o surgimento dos primeiros casos de Coronavírus em Campo Grande. A empresária Elaine Batista é pessimista, e estima que será, também, o último a retornar ao trabalho.
“Tudo que fazemos, gera aglomeração. Quem tinha uma reserva, não vai conseguir ficar mais seis meses, pois o problema tende a se agravar. Quando isso vai passar? Ninguém tem a resposta. E se liberar os eventos, que vai?”, questionou.
Responsável por intermediar a reunião, o vereador Eduardo Romero destacou o canal aberto entre os empresários e o Legislativo, e afirmou que a Casa vai trabalhar dentro de suas responsabilidades.
“Estamos com um diálogo estabelecido. Por conta de limitações legais, não conseguiremos atender em tudo. Mas ficamos muito satisfeitos em ver a sociedade se organizando não só para cobrar, mas para buscar soluções em conjunto”, afirmou.
Segundo Rocha, presidente da Casa, a Câmara vai buscar uma agenda com o Executivo para incluir essas famílias no cadastro da SAS (Secretaria de Assistência Social) e garantir o recebimento de cestas básicas, além de atuar dentro de suas atribuições para amenizar os efeitos da pandemia.
“O que é de nossa responsabilidade, estamos aqui e podemos atuar. Se não for, atuamos como agente de forma indireta, para criar as situações possíveis”, afirmou.
(Texto: Ana Beatriz Rodrigues com informações da Assessoria da Câmara Municipal)