A Volkswagen anunciou que irá reduzir em 30% a jornada e o salário bruto dos trabalhadores de suas quatro fábricas no país. A decisão foi firmada em acordo coletivo entre empresa, indicador e funcionários. O acordo, no entanto, prevê uma compensação de 30% do valor do seguro-desemprego pago pelo governo e um complemento será pago pela empresa por não haver redução no valor líquido das vendas. O compromisso é o de que os funcionários recebam 100% do salário líquido, entre os auxílios do governo e a compensação da montadora.
Aprovado o acordo dos trabalhadores das unidades da empresa em São Bernardo do Campo, Taubaté, São Carlos, Vinhedo e São José dos Pinhais (PR). As assembléias foram realizadas na terça-feira, 21, pela internet. A oferta prevista para a redução da jornada de maio, junho e julho, após o período de férias coletivas. Os trabalhadores voltam a produzir em 18 de maio. Foram concedidas férias coletivas por causa da demanda causada pela pandemia de coronavírus .
Na prática, o acordo segue os termos da medida provisória 936, o que permite uma redução de jornadas e descontos. Os acordos firmados no escopo do MP permitem uma compensação paga pelo governo federal, percentualmente proporcional à parcela do seguro-desemprego que o trabalhador exige. Nenhum acordo firmado entre os trabalhadores e a montadora, uma empresa, no entanto, será compensado pela redução salarial para recompor o salário líquido que não for coberto pelo auxílio do governo.
O acordo coletivo ainda está previsto para dezembro de 2020 em 20% da primeira parcela do PLR. O restante do valor já será pago em maio.
“Os efeitos provocados pela pandemia do novo Coronavírus levaram a Volkswagen a aplicar novas medidas de flexibilidade no Acordo Coletivo de Trabalho, negociadas em parceria com os indicadores de todas as nossas operações no país”, disse Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen para a América Latina, em comunicado.
(Texto: Veja)