O COVID-19, passou a ser investigado no fim do mês de janeiro, desde então, 595 casos foram notificados. No boletim epidemiológico mais recente divulgado, deste total, 494 foram descartados, o que tem ocorrido uma média de 18 por dia. Enquanto 51 foram confirmados, 11 excluídos e uma morte confirmada. Para a SES (Secretaria Estadual de Saúde) as investigações se tornaram mais efetivas após a capacitação do LACEN/MS para realizar os testes de contraprova, aqueles que precisam passar por exames para confirmação do vírus relatam o medo, por ter que se privar do contato até mesmo com a família.
Um homem que realizou os exames, mas não quis se identificar, relatou que precisou realizar uma viagem a trabalho durante o início do surto no País e acabou tendo contato direto com um caso, e que um tempo depois testou positivo para o COVID-19. “Durante uma viagem a Brasília, estive em contato direto com um dos meus clientes que logo depois testou positivo para o coronavírus, como ainda era no início do vírus aqui no Estado, eu precisei ficar em isolamento por mais de uma semana, sem contato com ninguém, enquanto esperava os resultados, mas deu tudo certo e não estava infectado”, revela.
Segundo a secretária adjunta Cristiane Maymone, os casos confirmados em MS continuam crescendo, na última semana esses números dobraram passando de 24, registrados no dia 25 de março, para 51 no último boletim apresentado ontem (1º). Com os testes de confirmação sendo realizados no Estado, o processo para identificação está mais ágil.
“Os casos confirmados duplicaram na última semana, nós temos tentado realizar o maior número de testes possíveis. Levando em consideração a quantidade que nos foi encaminhado e pelas máquinas que possuímos, nós ainda estamos em uma situação confortável em responder a equipe de saúde, em um tempo de até 48 horas”, ressalta. Cerca de 52% dos casos que tiveram resultado testado como positivo para o COVID-19, estão curados e foram liberados da quarentena. “Dos casos confirmados, 16 estão em isolamento, 27 casos finalizaram a quarentena e estão sem sintomas, enquanto sete estão internados e contabilizamos recentemente o primeiro óbito. As pessoas acima dos 60, representam 13% dos casos”, relata.
Contágio equipes de saúde
A pandemia provocada pelo novo coronavírus, provocou um aumento na busca por EPI (Equipamento de Proteção Individual), que garantem a segurança das equipes médicas que realizam o tratamento dos pacientes que são internados com o vírus. Segundo o presidente do COREN-MS, Sebastião Duarte, dois membros da equipe que atendeu o caso da mulher que veio a óbito pela doença, foram testados positivo para o novo vírus.
“Temos conhecimento de uma enfermeira e um médico, ambos infectados, mas com sintomas leves da doença, sem necessidade de internação”, relata. A falta desses equipamentos não é exclusividade do Estado, mas o conselho já tomou medidas solicitando ao Governo do Estado a compra desses materiais. “Todo o mundo está em falta de EPI, não só o Brasil. Os principais fabricantes estão na China e a pandemia levou ao esgotamento dos EPIs e da matéria-prima. O Coren-MS está tomando providências junto a gestores, lideranças políticas e Ministério Público, para prover os equipamentos”, assegura.
(Texto: Amanda Amorim)