Protesto no Centro questiona comércio fechado na Capital

Prefeito já flexibiliza normas de isolamento mas reforça ainda precauções na pandemia

Um verdadeiro dilema, coloca governantes, setor produtivo e trabalhadores, em conflito, por conta das medidas de combate ao covid-19. Se por um lado, cientistas exigem que as pessoas se isolem, evitem contato, e deixem de circular nas ruas, paralisando empresas, e retraindo a economia, empresários vivem o drama de arcar com uma conta sem arrecadação financeira durante a quarentena. E prova desse problema, se viu em Campo Grande, na manhã dessa sexta-feira (27), quando uma carreata de aproximadamente 50 veículos cruzou a Avenida Afonso Pena e ruas do Centro, com um buzinaço, que apela para o urgente isolamento vertical.

A alternativa já é amplamente defendida na web, e pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, que pede a cautela com os grupos de risco, alinhado a um retorno gradativo de outros públicos que sejam menos vulneráveis ao novo coronavírus. “No mundo todo, são raros os casos de vítimas fatais do #coronavírus entre jovens e adultos. A quase totalidade dos óbitos se deu com idosos. Portanto, é preciso proteger estas pessoas e todos os integrantes dos grupos de risco, com todo cuidado, carinho e respeito”, destaca o líder da nação.

No entanto, para várias entidades médicas e ligadas ao estudo da doença, assim como para o Ministério da Saúde, essa situação poderia agravar a propagação do vírus, uma vez que aumentaria consideravelmente as possibilidades de contágio. O deputado federal Fábio Trad, por exemplo, em vídeo sobre o isolamento vertical, classifica essa linha como criminosa, e avisa que governantes que adotarem essa saída poderiam ser responsabilizados como homicídio coletivo.

Como foi adotado na maioria dos lugares afetados pela pandemia, Campo Grande segue com restrições à circulação de pessoas, orientação para que empresas adotem o home office dentro do possível, e não promova a aglomeração de mais de sete pessoas em algum local. Além do toque de recolher, que funciona das 20h até às 5h do dia seguinte.

Acompanhe no portal a repercussão dos pronunciamentos do prefeito Marquinhos Trad sobre a pandemia. Mato Grosso do Sul registra até o momento 25 casos confirmados de covid-19, com 388 notificações da doença e nenhum óbito. No mundo todo são quase meio milhão de pessoas afetadas pelo vírus, segundo a Organização Mundial da Saúde.

(Texto: Danilo Galvão)

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