Em São Paulo, o comércio varejista brasileiro já sentiu o baque nas vendas por conta das medidas seguidas pela população para prevenir a propagação da epidemia do coronavírus, que incluem a menor circulação de pessoas em ambientes públicos, como shopping centers, por exemplo.
Entre o sábado e o domingo, as consultas para vendas à vista e a prazo nas lojas, excluindo os supermercados, caíram dois dígitos em relação a igual período do ano passado e também na comparação com o fim de semana anterior.
Levantamento feito pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base na amostra nacional fornecida pela Boa Vista Serviços, aponta recuo de 16,7% nas consultas para negócios à vista e a prazo em relação ao mesmo fim de semana do ano passado. Em relação ao fim de semana anterior, a queda foi de 16,3%.
“É uma retração forte. Daqui para frente, os efeitos no varejo dependerão das medidas que serão tomadas”, afirma o economista-chefe da ACSP, Marcel Solimeo.
Ele destaca que antes do fim de semana e da adoção de medidas emergenciais de prevenção, as vendas no varejo neste mês cresciam 5,3% só na cidade de São Paulo na comparação com março do ano passado. Considerando o mesmo número de dias, o desempenho era estável nessa base de comparação.
(Texto de Inez Nazira com informações do Exame)