Com Riedel favorito à reeleição e Azambuja como nome ao Senado, PP busva aumentar bancadas

Senadora Tereza Cristina
Senadora Tereza Cristina

Tereza Cristina afirma que o partido encerra o ano ampliado e impulsionado com chegada de lideranças importantes

 

A poucos meses do início das articulações mais intensas para as eleições de 2026, o Progressistas (PP) já tem prioridades bem definidas em Mato Grosso do Sul. O partido aposta na ampliação de suas bancadas estadual e federal como eixo central da estratégia eleitoral, sustentado por dois nomes considerados decisivos no campo majoritário, o governador Eduardo Riedel (PP) favorito à reeleição, e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), apontado como candidato a uma das vagas ao Senado.
A avaliação foi feita pela senadora Tereza Cristina (PP) ao Jornal O Estado.

Segundo ela, o objetivo de aumentar a bancada federal, é referência para ser relevante junto à direção nacional. “O número de deputados federais que um Estado conquista conta muito. Agora, é muito importante também ter uma base boa na Assembleia Legislativa. Nós temos um candidato supercompetitivo, que é o governador Eduardo Riedel. Então, ter uma base forte na também é importante”, afirma.
Na disputa majoritária, a senadora deixa claro que o caminho já está traçado. “Nas majoritárias, já falamos no apoio à reeleição do Riedel. Temos também o compromisso de apoiar o Reinaldo Azambuja para uma das vagas ao Senado”, disse. Ainda assim, Tereza Cristina pondera que a formação definitiva da coligação dependerá de negociações nos próximos meses, envolvendo a federação partidária e possíveis alianças com legendas como o PL.

Esse cenário político se desenha em um momento em que o PP vive um ciclo de fortalecimento no Estado. A senadora destaca que o partido encerra 2025 ampliado e impulsionado pela chegada de lideranças importantes. “Terminamos o ano fortalecidos com a chegada do meu amigo, o governador Eduardo Riedel, e de vários prefeitos. Hoje o PP tem 22 prefeitos, incluindo Campo Grande, a principal prefeitura do Estado”, pontua. Para ela, o desafio agora é manter o ritmo de crescimento, atraindo quadros qualificados e ampliando a representação em todos os níveis.

No plano partidário nacional, a senadora também comentou os efeitos da federação entre o PP e o União Brasil, que deu origem à União Progressista. Para ela, a aliança trouxe ganhos evidentes de organização e competitividade eleitoral. “Quem conhece a política sabe que são grandes as dificuldades para se montar uma chapa completa numa eleição. Então, a montagem de chapa, sobretudo de deputado federal e estadual, facilita quando você tem dois partidos grandes, como o PP e União Brasil, unificados em federação. Vamos para a disputa mais organizados, mais focados em resultados, e, portanto, com maiores chances eleitorais”, explica.

Além da agenda política, Tereza Cristina destacou, na entrevista ao O Estado, sua atuação à frente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, especialmente no esforço para reverter as sobretaxas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Ela relatou os resultados da missão suprapartidária que esteve em Washington em julho, da qual foi relatora. “Reabrimos os canais da diplomacia parlamentar e fomos ouvidos pelos senadores americanos. O Senado dos EUA chegou a aprovar um projeto para sustar o tarifaço contra o Brasil”.

Segundo a senadora, o diálogo contribuiu para a publicação das primeiras listas de exceções às tarifas e para a retomada gradual das exportações brasileiras. Em seu relatório, ela defende a manutenção desses canais e a criação, pelo governo brasileiro, de uma mesa permanente de negociação comercial. “Os EUA são nosso segundo maior parceiro comercial. Não podemos perder terreno, mesmo com a abertura de novos mercados”, alertou.

 

Por Brunna Paula

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