Lula desembarca na África do Sul para Cúpula do G20 e terá série de encontros bilaterais

Foto: reprodução/redes sociais
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou na manhã desta sexta-feira (21) a Joanesburgo, na África do Sul, para participar da Cúpula de Líderes do G20, que será realizada neste fim de semana. A comitiva presidencial inclui o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Ainda nesta tarde, Lula participa de uma reunião bilateral com o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa. O encontro será fechado e marca a retomada de diálogos entre Brasil e África do Sul em um momento de fortalecimento da cooperação entre países do Sul Global.

No sábado (22), paralelamente à abertura da cúpula, Lula deve se reunir com o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz. Nos últimos dias, Merz fez declarações críticas sobre Belém (PA), cidade-sede da COP30, o que deve ser tratado no encontro.

A sessão de abertura da Cúpula de Líderes do G20 está marcada para as 10h de sábado. Lula será o segundo a discursar. Os Estados Unidos, que tradicionalmente abrem a sessão ao lado da presidência anfitriã, não enviarão representantes de alto escalão nesta edição.

No domingo (23), Lula participa de uma reunião do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas), que reúne os três chefes de Estado presentes no G20. Entre os temas previstos estão o combate à fome e à pobreza, o fortalecimento da cooperação Sul-Sul, o multilateralismo e a defesa do direito internacional — pautas que o presidente brasileiro tem enfatizado em fóruns globais.

O que é o G20

O G20 é composto por 19 países, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos, além da União Europeia e da União Africana. Criado em 1999, após a crise financeira asiática, o grupo inicialmente reunia apenas ministros da economia e presidentes de bancos centrais.

A partir de 2008, com o agravamento das crises econômicas globais, o bloco passou a incorporar encontros entre chefes de Estado e de governo. Hoje, o G20 representa 85% do PIB global, 75% do comércio internacional e cerca de dois terços da população mundial.

As atividades do grupo são divididas em duas trilhas principais:

Trilha sherpa, conduzida por negociadores que representam líderes políticos;

Trilha de finanças, liderada por ministros da Fazenda ou Economia.

Em 2025, a África do Sul organizou encontros preparatórios ao longo do ano para alinhar temas antes da cúpula de líderes. No ano passado, a presidência do G20 foi do Brasil, que sediou a reunião no Rio de Janeiro.

Com uma agenda intensa e marcada por temas estratégicos, Lula deve aproveitar o encontro para reforçar pautas sociais e ambientais, além de buscar articulações políticas com países-chave em meio às tensões geopolíticas globais.

 

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