Estiagem seca a Cachoeira Boca da Onça e provoca desbarrancamento

Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal

A Cachoeira Boca da Onça, considerada a maior de Mato Grosso do Sul, voltou a secar devido à estiagem prolongada que atinge a região da Serra da Bodoquena desde setembro. A queda d’água de 156 metros está totalmente sem fluxo, revelando parte da formação rochosa que dá nome ao ponto turístico.

Segundo o gerente geral da fazenda Boca da Onça, Luís Henrique Soares de Melo, o desaparecimento temporário da água é recorrente nessa época do ano e se tornou comum. “A cachoeira secou por meados de setembro. No ano passado ela não chegou a secar totalmente, mas diminuiu bastante. E esse ano ela secou total, é normal nessa época do ano”, explicou.

O fenômeno já foi registrado em outros anos de estiagem severa, como em 2022 e 2017, resultado da seca prolongada que afeta a região. “A gente vem aí de anos, três a quatro, em que o período chuvoso está cada vez mais reduzido e acaba afetando diretamente o ponto”.

O gerente acredita que com o retorno das chuvas, o fluxo deve voltar nos próximos dias, mas ressalta que o caminho da água até a cachoeira é longo. “Os córregos dentro da fazenda têm cerca de 10 a 12 km. Como os leitos estão secos e há muitas grotas e sumidouros, a água leva alguns dias para chegar até a cachoeira. Mas acredito que em breve ela volte a correr”.

Estrutura desmoronando?
A seca também deixou visível um novo despregamento de placas de rocha calcária no paredão da cachoeira. Fotografias divulgadas nas redes sociais geraram preocupação sobre possível descaracterização do formato de “onça”, mas o gerente afirma que não houve alteração significativa.

“O último desmoronamento significativo de rocha foi há dois anos. A tufa calcária é uma rocha frágil, isso é normal. Todos os paredões de calcário têm desprendimento de placas, acontece todos os anos. Esse último não descaracterizou muito, a característica do rosto da onça continua lá, não se perdeu”, finalizou.

O atrativo segue funcionando normalmente e continua recebendo visitantes para as demais atividades oferecidas.

Por Geane Beserra

 

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