Preços nas alturas: Panetones chegam às prateleiras e consumidores sentem o peso “natalino”

FOTO: ROBERTA MARTINS
FOTO: ROBERTA MARTINS

Os chocotones são os campões do aumento custando R$39,98

Mesmo ainda no início de novembro, os panetones e chocotones já começaram a aparecer de forma discreta nas prateleiras dos supermercados de Campo Grande. A movimentação é cautelosa, mas revela a sutil chegada do clima natalino às prateleiras dos supermercados, junto com os preços elevados, que devem pesar no bolso dos consumidores nas próximas semanas.

Em levantamento feito pela reportagem, os valores variam conforme a marca e o tipo do produto. Nos principais supermercados da Capital, o panetone tradicional da Bauducco é encontrado por R$ 25,99, enquanto versões mais simples, como Itália Mia e Tommy, custam R$ 13,99 e R$ 15,99, respectivamente. Já marcas mais conhecidas, como a Panco, chegam a R$ 26,98.

Entre os chocotones, a variação é ainda maior. As opções vão de R$ 13,99 (Romanato) a R$ 39,98 (Panco), com outras marcas de valores intermediárias como Visconti, a R$ 18,99, e Legium, a R$ 33,35. Em outro supermercado, o chocotone Bauducco foi encontrado por R$ 26,99.

Apesar dos preços estarem um pouco acima do esperado para os consumidores, alguns já aproveitam o momento para garantir o panetone do natal. A empresária Gabrielle Suede, conta que mesmo com os valores das prateleiras, entre uma ida e outra ao supermercado ela já aproveita para garantir aos poucos os panetones que já são tradição familiar na manhã de natal.

“Olha, todo ano eu já aproveito para começar a comprar nessa época mesmo, porque quando chega em dezembro o que já está caro fica mais caro ainda, então eu já compro sempre que vejo algum por um bom preço porque lá em casa já é tradição familiar comer na manhã de natal”.

Insumos encarecem a data
Os valores mostram que, apesar de o Natal ainda parecer distante, a inflação do chocolate e dos insumos usados na fabricação desses produtos continua impactando o preço final. O cenário também se mostra presente em quem produz artesanalmente para aproveitar a época como fonte de renda extra.

A confeiteira Isadora Melgarejo, que trabalha com encomendas caseiras, explica que o custo de produção segue apertado, principalmente por conta do chocolate. “Os preços dos itens como trigo e ovos se mantêm, o que é muito bom. Mas o do chocolate, que já tinha chegado a valores recordes desde a Páscoa, continua alto. Isso faz com que a gente tenha que pensar em estratégias, como recheios com menos chocolate, sem abrir mão da qualidade”, relata.

Isadora conta que a preparação começa cedo, ainda em setembro, para garantir insumos, embalagens e receitas prontas antes da alta demanda. “Nosso cardápio de Natal já está quase finalizado e até a segunda quinzena de novembro estará disponível para os clientes”, afirma.

Com o avanço da temporada natalina, a expectativa é que os preços permaneçam firmes, onde o consumidor terá que pesquisar bem antes de garantir o sabor tradicional do fim de ano.

Por Gustavo Nascimento

 

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