Senadores querem destaque de MS na CPI do crime Organizado

Foto: divulgação
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Estado considerado com rota do tráfico deve ser um dos focos da Comissão que será instalada hoje

A bancada federal de Mato Grosso do Sul está mobilizada para participar da CPI do Crime Organizado sendo que Tereza Cristina (PP), Soraya Thronike (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD) está articulando participação na Comissão que deve ser instalada nesta terça-feira de acordo com anuncio feito pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Sendo um estado apontado como porta de entrada de drogas como Maconha e Cocaína e até mesmo de contrabando de armas, Mato Grosso do Sul deve estar no Centro das investigações que deverão acontecer durante as oitivas desta CPI. A constatação de que o crime organizado já encontra-se há muitos anos atuando na região de fronteira do estado com Paraguai e Bolívia também deverá fazer com um dos focos dos trabalhos da CPI será toda a faixa de fronteira do Estado.

Nelsinho Trad também defendeu a criação da comissão e ressaltou que Mato Grosso do Sul enfrenta desafios semelhantes aos do Rio de Janeiro, principalmente nas regiões de fronteira. “ Em MS, vivemos o mesmo avanço e vulnerabilidade nas fronteiras”, disse. Para o senador, “é hora de união e ação para investigar, propor soluções e proteger nosso povo”. A CPI deverá apurar a atuação de organizações criminosas, o tráfico de drogas e armas, além de propor medidas de cooperação entre estados e União. Nelsinho concluiu destacando a importância da integração entre forças de segurança: “Segurança exige coragem, valorização das polícias e compromisso real do Estado — do centro às fronteiras. Cada brasileiro merece viver sem medo”.

“O crime organizado é uma ameaça que ultrapassa fronteiras estaduais — é um problema nacional e uma tarefa do Estado. Temos trabalhado no Senado Federal no endurecimento das penas e vamos instalar agora a CPI do Crime Organizado para investigar tudo e tentar devolver um pouco de sossego aos brasileiros”, afirmou a líder do PP, senadora Tereza Cristina (MS).

“O crime organizado é uma ameaça que ultrapassa fronteiras estaduais — é um problema nacional e uma tarefa do Estado”, declarou. A senadora reforçou que o objetivo é “endurecer as penas e devolver um pouco de sossego aos brasileiros”. Tereza Cristina afirmou que a CPI é essencial para investigar as facções e fortalecer o combate à criminalidade em todo o país.

Já a Senadora Soraya Thronike deverá propor que seja anexado ao trabalho da nova CPI o relatório da CPI das Bets elaborado por ela e que foi aprovado no ano passado e que teve oitivas que indicaram envolvimento de líderes do crime organizado com os sites de apostas. “Foram 20 reuniões, 19 depoimentos e milhares de documentos analisados. Apesar do tempo curto e da falta de apoio no Senado para prorrogar os trabalhos, a comissão enfrentou interesses poderosos e entregou resultados importantes”, disse a Senadora alimentando que não dada a devida importância aos trabalhos da comissão. Na época a senadora chegou a denunciar ameaças que recebeu pelo trabalho da Comissão.

Alcolumbre
Alcolumbre destacou que a CPI vai apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento do crime organizado, com foco na atuação de milícias e facções. Na visão do presidente, “é hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”. A decisão do presidente do Senado foi anunciada após ser deflagrada uma megaoperação das Polícias Militar e Civil na região da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ), na terça-feira, 28/10, contra o Comando Vermelho.

 

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