MS destina mais de R$ 1,3 milhão para ações de resgate animal e prevenção a incêndios no Pantanal

Bioma Pantanal - Foto: Reprodução
Bioma Pantanal - Foto: Reprodução

Projetos com foco na proteção da fauna silvestre e na prevenção de incêndios florestais no Pantanal terão investimentos que somam R$1,39 milhão. O recurso é oriundo do Fundo Estadual de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Pantanal, Fundo Clima Pantanal, do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação)

Um dos termos de fomento contempla a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), que receberá R$497,9 mil para o desenvolvimento de uma metodologia integrada de monitoramento, resgate técnico e atendimento emergencial à fauna silvestre durante incêndios e queimadas controladas. A iniciativa busca reunir dados e aperfeiçoar técnicas de manejo e mitigação de impactos sobre a biodiversidade pantaneira.

De acordo com a bióloga e médica-veterinária Paula Helena Santa Rita, criadora do projeto, o trabalho já é reconhecido como pioneiro no Estado. “Nós somos pioneiros no resgate técnico animal em Mato Grosso do Sul. Começamos os trabalhos em 2020 e, a partir daí, fomos aprimorando as metodologias para o resgate de animais silvestres”, explica.

A pesquisadora conta que o projeto deveria ter sido iniciado há algumas semanas, mas o repasse ainda não foi liberado. “Já era para ter iniciado, no entanto, o recurso ainda não saiu. O funcionamento será com equipes posicionadas estrategicamente, onde houver incêndio florestal, haverá uma equipe cobrindo a área, com veterinários, biólogos e acadêmicos”, detalha.

Paula Helena ressalta que a eficiência do resgate é determinante para a reabilitação dos animais. “A importância desse trabalho é justamente aumentar as chances de recuperação dos animais resgatados. Um bom resgate, com técnicas adequadas, otimiza o processo de reabilitação e aumenta as possibilidades de reintrodução no ambiente natural”.

Desde o início das atividades do grupo, em 2020, quatro onças foram resgatadas diretamente, além de inúmeros outros animais atendidos de forma direta e indireta.

O segundo termo de fomento, no valor global de R$ 900,4 mil, foi firmado com a Associação Onçafari, responsável pelo projeto “Eficiência no Manejo Integrado do Fogo: um Esforço Coletivo na Prevenção de Mega Incêndios em Áreas Remotas do Pantanal”. A ação abrangerá o Parque Estadual do Rio Negro e quatro Reservas Particulares do Patrimônio Natural, com foco em medidas preventivas e manejo controlado do fogo.

Os dois projetos têm vigência até 31 de dezembro de 2026 e fazem parte da estratégia estadual de fortalecer a gestão ambiental e a conservação do Pantanal, um dos biomas mais afetados pelos incêndios dos últimos anos.

Por Inez Nazira

 

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