A disputa pelo comando do PSDB em Mato Grosso do Sul começou antes mesmo do fim do mandato da atual executiva, liderada por Geraldo Resende. O deputado estadual Pedro Caravina é um dos interessados em assumir o partido e já iniciou articulações junto a vereadores tucanos em busca de apoio para assumir a sigla, que deve passar por uma reestruturação na próxima semana.
O presidente da Câmara Municipal e vereador pelo PSDB, Epaminondas Neto, o Papy, confirmou que os dois parlamentares estão em movimento. “O Beto esteve aqui na Casa, fez já um pedido de voto, de alinhamento com os colegas. Semana que vem a gente vai receber o Caravina, vai conversar com a gente. O Geraldo não me falou nada ainda, mas possivelmente deve pedir uma agenda com os vereadores pra pedir apoio também”, revelou Papy.
Para o vereador, o partido precisa de uma liderança sólida que garanta continuidade ao trabalho interno. “O PSDB precisa de uma liderança forte, pra que dê continuidade no partido. Quem for sair o ano que vem não pode ser presidente do partido. Tem que ser provisório, porque vai ser um mandato tampão, e depois vem a eleição oficial”, pontuou.
O mandato da atual executiva do PSDB se encerra no próximo dia 21 de outubro. Com isso, o partido deverá instituir uma comissão provisória para conduzir os trabalhos até a realização de uma nova eleição interna. Desde a saída de Reinaldo Azambuja para o PL, o PSDB segue sob a liderança do deputado federal Geraldo Resende, que também já mostrou interesse em continuar a frente do partido.
O deputado estadual e membro da atual executiva, Caravina, já afirmou ter manifestado à nacional seu interesse em presidir o PSDB, dentro de um projeto de reestruturação partidária. “Eu sou um que estou pleiteando, já manifestei para a Nacional que tenho interesse dentro daquele projeto de reestruturar o partido. Estou conversando com os vereadores também. Mas é uma decisão que não passa só por mim”, disse.
Caravina também mencionou o nome de Beto Pereira como possível candidato ao comando do PSDB, mas defendeu que o próximo presidente precisa estar comprometido com o fortalecimento da sigla. “Quem assumir a presidência tem que ser alguém que realmente tenha interesse em ficar no partido e reconstruir. Não adianta deixar deputados que não queiram ficar, porque vai só segurar um período e depois sair”, afirmou.
Por Brunna Paula