Primeiro posto para atendimento a animais em desastres ambientais é instalado no Pantanal

Foto: divulgação
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O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) emitiu, este mês, a licença de funcionamento da Barta (Base de Resgate Técnico Animal), posto médico-veterinário avançado que atenderá animais selvagens em situação de desastre ambiental. A estrutura, inédita em áreas remotas no Brasil, está instalada na RPPN (Reserva Particular de Patrimônio Natural), na Serra do Amolar, região do Pantanal.

A Base é mantida pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro), com o apoio de parceiros e foi estruturada após os incêndios florestais de 2020, a partir do conhecimento científico nas instituições que integram o Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal), além de ter contado com apoio do WAP (World Animal Protection).

Este novo posto é fixo e licenciado para funcionar no Pantanal de Mato Grosso do Sul, com toda a estrutura e equipe preparada para atender animais selvagens atingidos por situações de desastre na região do Alto Pantanal. Além disso, nesse território, o monitoramento contínuo do IHP já identificou mais de uma centena de espécies de animais, entre elas há mais de 10 com algum grau de ameaça e que precisam de cuidados.

A analista ambiental Franciele Oliveira, que é a responsável técnica pela Barta, explica que a unidade tem condições de aumentar a sobrevida da biodiversidade e ainda pode permitir atendimentos emergenciais também para animais domésticos na região do Alto Pantanal.

“A Barta nasceu da dor e da urgência dos incêndios de 2020, quando o Instituto Homem Pantaneiro, junto com o Gretap e outros parceiros entenderam que era preciso uma resposta permanente à altura dos desafios da região. Hoje, ela representa esperança, compromisso e cuidado com a vida no coração do Pantanal”, disse.

Ainda de acordo com a especialista, o novo local está preparado para oferecer uma resposta qualificada à fauna afetada por desastres ambientais, sendo que sua principal função é realizar o atendimento emergencial a fim de aumentar as chances de sobrevivência até o encaminhamento para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande, caso precisem de maiores cuidados.

Por Ana Clara Santos

 

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