Operação da PMA já aplicou R$34 milhões em multas por queimadas ilegais no Estado

queimadas pantanal
Foto: Santiago/Arquivo

Ação conjunta com Imasul reforça fiscalização durante o período de estiagem e já autuou quase 9,5 mil hectares em todo o Estado

A Operação Focus, deflagrada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) em parceria com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), já resultou em mais de R$ 34 milhões em multas por queimadas e incêndios florestais ilegais em todo o Estado. Desde o início da ação, em 1º de agosto, foram realizadas 120 vistorias e lavrados 30 autos de infração, com áreas autuadas que somam 9.498 hectares.

A operação, coordenada pela Seção de Operações e Planejamento do Comando de Policiamento Militar Ambiental (CPAmb), segue até 30 de novembro, sendo prorrogada até 31 de dezembro para as unidades que atuam no Bioma Pantanal, onde o período crítico costuma se estender. O objetivo é intensificar o combate às queimadas não autorizadas, prevenir novos focos de incêndio e responsabilizar infratores.

De acordo com o capitão André Leonel, chefe de operações da PMA, o diferencial da Focus é a rapidez no atendimento às ocorrências. “A ideia é estabelecer um canal direto com o Imasul e com a seção de operações da PMA para canalizar as denúncias e enviar o mais rápido possível as equipes de fiscalização. Assim, conseguimos aplicar as sanções cabíveis, lavrar autuações ou realizar o levantamento da cicatriz de queimadas”, explicou.

O trabalho é apoiado por tecnologia de geoprocessamento, que permite o cruzamento de alertas de calor e imagens de satélite para identificar queimadas em tempo real. Somente entre janeiro e julho deste ano, o Imasul detectou cerca de 500 focos de incêndios sem autorização ambiental.

As equipes realizam vistorias técnicas em propriedades rurais, com registros fotográficos e delimitação geográfica das áreas atingidas. Também são apreendidos equipamentos e veículos utilizados nas práticas ilegais, além da aplicação de autos de infração, termos de embargo e notificações.

Um dos casos mais graves registrados durante a operação ocorreu em setembro, no município de Bodoquena. Um incêndio iniciado após uma queima controlada de folhas secas saiu do controle e atingiu 194 hectares, 120 deles de vegetação nativa, espalhando por 22 propriedades vizinhas. O responsável foi multado em R$1,4 milhão, e o caso resultou em boletim de ocorrência para apuração criminal.

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