MS recebe 20 unidades de antídoto para tratar intoxicações por metanol; Estado ainda investiga quatro casos

Foto: Rafael Nascimento/MS
Foto: Rafael Nascimento/MS

O Ministério da Saúde recebeu um lote com 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol para reforçar o estoque estratégico do SUS, destinado ao tratamento de intoxicações por metanol, associadas ao consumo de bebidas adulteradas. Desse montante, Mato Grosso do Sul recebeu 20 unidades. O medicamento foi enviado para todos os estados e o Distrito Federal, e 1.000 ampolas permanecerão no estoque estratégico do Ministério.

A aquisição é inédita no Brasil, realizada com a subsidiária de uma empresa japonesa, e ocorreu apenas oito dias após o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acionar o Fundo Estratégico da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). O medicamento é considerado raro devido à baixa produção mundial.

Eficácia e segurança do tratamento

fomepizol é mais uma alternativa ao tratamento já realizado por meio do etanol farmacêutico. É utilizado em casos de intoxicação por metanol. Com alta eficácia e segurança, o medicamento impede que o metanol se metabolize em ácido fórmico, evitando acidose metabólica.

Devido à baixa demanda e ao elevado custo no mercado, sua produção e oferta são limitadas mundialmente. Para identificar potenciais fornecedores para a oferta ao SUS, o Ministério da Saúde encaminhou ofícios às empresas internacionais que fabricam o medicamento. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também publicou chamada pública para identificar fornecedores internacionais do medicamento.

Atualização de casos

Mato Grosso do Sul ainda segue monitorando de perto a situação das intoxicações por metanol. No balanço do Ministério da Saúde, divulgado na noite dessa segunda-feira (13), o Estado possuía quatro casos suspeitos da doença. Ainda nos registros, existe a investigação de um óbito suspeito.

Já o Brasil registrava 213 notificações de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas. Dessas, 32 casos foram confirmados e 181 permanecem em investigação. Em relação aos óbitos, São Paulo é o único estado que registra mortes até o momento, com 5 ocorrências. Outros 9 casos seguem em investigação.

 

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