Chapadão do Sul e Campo Grande lideram renda média em MS

Vista da Cidade - Foto: Reprodução/arquivo
Vista da Cidade - Foto: Reprodução/arquivo

Dados do Censo de 2022 mostram contraste entre cidades com alto rendimento e municípios onde a população vive com menos de um salário mínimo por mês

Os dados do Censo Demográfico 2022 – Trabalho e Rendimento, divulgados pelo IBGE, revelam um retrato desigual da renda em Mato Grosso do Sul. Enquanto Chapadão do Sul e Campo Grande figuram entre os municípios com os maiores rendimentos médios do estado, localidades como Japorã, Tacuru e Coronel Sapucaia estão na outra ponta, com valores que não chegam a R$ 1,9 mil por mês.

De acordo com o levantamento, a renda média nominal mensal de todos os trabalhos em Mato Grosso do Sul foi de R$ 2.929,74, oitava maior entre as unidades da federação. Na Capital, o rendimento alcançou R$ 3.450,86, e em Chapadão do Sul, R$ 3.362,40. Já em Japorã, o valor caiu para R$ 1.692,72, o menor do estado.

Essas diferenças refletem as desigualdades regionais no acesso a emprego e a atividades econômicas de maior remuneração. Cidades do norte e leste de Mato Grosso do Sul, com forte presença do agronegócio, costumam registrar rendimentos mais altos, enquanto regiões de fronteira ou de economia dependente do setor público e do comércio local tendem a concentrar os menores valores.

O Censo também mostra que o rendimento médio dos homens supera em 24,1% o das mulheres: eles recebem cerca de R$ 3.248, contra R$ 2.498 delas. Entre as pessoas com ensino superior completo, a diferença é ainda maior.

Outro dado que reforça o contraste é o rendimento domiciliar per capita: 8,8% da população do estado vivia com até ¼ de salário mínimo por mês, em 2022. As menores médias per capita foram observadas justamente nos municípios de Japorã (R$ 757), Tacuru (R$ 727) e Coronel Sapucaia (R$ 699), enquanto Chapadão do Sul e Campo Grande ultrapassaram R$ 2 mil.

O índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, ficou em 0,503, colocando o estado na 20ª posição nacional. O número reforça que, apesar da alta produtividade em algumas regiões, a prosperidade ainda não chega a todos os municípios de forma igual.

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