Pesquisa revela ainda que mulheres e indígenas seguem em desvantagem no mercado de trabalho
Mato Grosso do Sul ocupa a sexta posição no ranking nacional de ocupação, segundo o Censo 2022 – Trabalho e Rendimento, divulgado pelo IBGE. O estudo mostra que 58,7% das pessoas com 14 anos ou mais de idade estavam ocupadas no estado em 2022, percentual acima da média nacional. Ainda assim, os dados expõem desigualdades marcantes entre homens, mulheres e grupos raciais.
Chapadão do Sul é o destaque estadual: o município registrou taxa de ocupação de 75,1%, a nona maior do Brasil. Em contrapartida, Tacuru apresentou o pior resultado de Mato Grosso do Sul, com apenas 31,6% da população de 14 anos ou mais empregada, ou seja, três em cada dez pessoas trabalhavam à época do levantamento.
Entre os recortes analisados, a diferença de gênero chama atenção. O nível de ocupação dos homens alcançou 62,9%, enquanto o das mulheres ficou em 48,9%. Isso significa que, mesmo representando quase metade da força de trabalho, elas continuam tendo menos acesso a oportunidades formais. A disparidade também aparece em todas as faixas etárias: na de 35 a 39 anos, por exemplo, o índice chega a 87,3% entre homens e 66,8% entre mulheres.
A desigualdade se repete quando o recorte é racial. Em Mato Grosso do Sul, pessoas autodeclaradas indígenas têm o menor nível de ocupação, com 38,5%. Já entre as pessoas pretas e brancas, as taxas são de 62,8% e 59,2%, respectivamente.
Os dados do IBGE indicam ainda que, apesar da menor inserção no mercado, as mulheres têm, em média, maior escolaridade. Em 2022, 29,6% das trabalhadoras tinham ensino superior completo, ante 16,7% dos homens.
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