O prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues (PL), declarou que irá pedir acesso ao inquérito do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) para adotar as medidas administrativas que forem necessárias. A decisão ocorre após uma operação policial que investiga contratos no valor de R$ 4,3 milhões. Em nota, os advogados André Borges e Renata Borges, que representam o prefeito, afirmaram que Josmail Rodrigues determinou total colaboração com as autoridades. A defesa destacou que sua gestão é “pautada pela ética e transparência” e que os servidores e o prestador de serviço presos têm o direito de se defender e de serem tratados como inocentes.
Na última terça-feira (7), a prefeitura do município foi alvo da Operação Águas Turvas, que resultou na prisão de três pessoas: o secretário municipal de Finanças, Edilberto Cruz Gonçalves; o arquiteto Carlos Henrique Sanches Corrêa, que atua como fiscal de obras públicas e é proprietário da empresa Sanches e Corrêa Ltda; e a gerente do setor de licitação e compras, Luciane Cíntia Pazette.
A operação, que contou com o apoio do Gaeco (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado), cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão em cidades de Mato Grosso do Sul e no Paraná.
Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), as investigações apuram crimes de organização criminosa, fraude em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro. O Ministério Público afirma que foi identificado um grupo que atuava fraudando licitações de obras e serviços de engenharia no município desde 2021. De acordo com a promotoria, eram inúmeras licitações fraudadas por meio de simulação de concorrência e exigências criadas para direcionar os contratos para empresas do grupo criminoso.
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