Delegada de MS é vítima de injúria racial durante live: ‘Tá mais para ser empregada doméstica’

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma jovem de 18 anos foi detida nesta terça-feira (7), em Dourados, por publicar comentários racistas contra a delegada Thays Bessa, da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário. A Polícia Civil abriu investigação por injúria racial, crime previsto na Lei de Racismo, com pena de 2 a 5 anos de prisão.

Os ataques foram feitos durante uma live em uma rede social durante uma entrevista a um portal de notícias da cidade. Nos comentários da transmissão, a jovem escreveu que a delegada: “Tá mais para ser ser empregada doméstica daqui da minha casa que qualquer outra coisa e tratar ela igual cachorro”, escreveu a mulher na live.

Mesmo após os comentários serem apagados, a Polícia Civil conseguiu identificá-la com ajuda da perícia técnica.

A suspeita foi levada a delegacia e prestou depoimento. Durante o interrogatório, a jovem confessou que fez as postagens. “Gostaria de me desculpar. Me arrependo muito. Só isso mesmo”, disse à equipe da TV Morena após sair da delegacia. Como não foi presa em flagrante, ela vai responder ao processo em liberdade.

A delegada também foi alvo de comentários misóginos. Um deles dizia que Thays Bessa estaria “noiada” no trabalho. A Polícia Civil classificou os ataques como graves, por serem direcionados a uma servidora pública que atua com respeito e dedicação. Veja a nota na íntegra mais abaixo.

A investigação segue em andamento e já identificou outras pessoas que também fizeram comentários preconceituosos. O delegado que apura o caso, Lucas Veppo, explicou que outros envolvidos serão responsabilizados, mesmo aqueles que usaram perfis falsos.

“Esse é apenas o início da investigação. Já temos outras pessoas identificadas, e certamente outras serão. Não mediremos esforços para responsabilizar todos os envolvidos, que atacaram nossa colega Thays de forma covarde pela internet, muitas vezes se escondendo atrás de perfis falsos. Atacaram-na não apenas como servidora pública, mas como mulher e como delegada de polícia.”

Por G1 MS

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