A Justiça Federal determinou o bloqueio de mais de 8 mil hectares e de até R$ 1 milhão em bens pessoais de investigados por crimes ambientais no Pantanal, em nova fase da Operação Prometeu, deflagrada pela Polícia Federal. As medidas foram cumpridas nesta terça-feira (7) e incluem sete mandados de busca e apreensão, além do sequestro de cinco fazendas e dois lotes rurais, totalizando 8.487 hectares bloqueados.
A decisão judicial também determinou a suspensão de quatro servidores públicos de suas funções — três deles ligados ao órgão fundiário municipal e um ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Foto: divulgação/PF
A Operação Prometeu, que investiga um esquema de grilagem, desmatamento ilegal e uso criminoso do fogo em áreas protegidas do Pantanal, é resultado de uma ação conjunta entre a Polícia Federal, o MPF (Ministério Público Federal) e a AGU (Advocacia-Geral da União).
Após a primeira fase da investigação, o MPF e a AGU ingressaram com ação civil pública que resultou no bloqueio de R$ 212 milhões em patrimônio dos suspeitos, valor destinado à recomposição ambiental das áreas degradadas.
Os investigados poderão responder por crimes de incêndio em mata ou floresta, desmatamento em terras públicas, grilagem, falsidade ideológica, associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva.
O nome da operação faz referência ao personagem da mitologia grega Prometeu, que roubou o fogo dos deuses e o entregou aos homens, sendo castigado por seu ato. Segundo a PF, a analogia simboliza o uso indevido do fogo como instrumento de avanço da pecuária sobre o Pantanal, uma das maiores áreas úmidas do planeta..
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