No cenário que se forma para a disputa eleitoral três grupos distintos já têm as p´rincipais lideranças
Reinaldo Azambuja, Vander Loubet e Marcos Pollon assumem o protagonismo das articulações políticas com vistas a composição dos grupos que podem estar na disputa eleitoral de 2026. Há um ano do primeiro turno da eleição tanto na disputa majoritária (Governo e Senado) quanto na proporcional (deputado estadual e federal) começam a ser definidos três polos distintos que podem ser os aglutinadores de candidatos que estarão na campanha eleitoral em busca do voto do eleitor sulmatogrossense.
“Estamos compondo uma ampla frente de direita em Mato Grosso do Sul para fazer oposição ao que chamamos de Lula4”. Foi que afirmou o ex-governador Reinaldo Azambuja que trocou o PSDB pelo PL, é o principal articulador do bloco que conta com o PP, e o próprio partido dos tucanos e ainda pretende atrair o MDB e o Republicanos. Mesmo tendo no mesmo grupo o governador Eduardo Riedel e a senadora Tereza Cristina, todas as decisões passam pelo crivo do ex-governador, desde à definição do seu companheiro de chapa na disputa pelas duas vagas ao Senado até quem vai integrar as chapas proporcionais dos partidos aliados.
Vander Loubet, por seu turno, tem comandado todas as negociações que podem culminar com a filiação de lideranças no PT e a atração de aliados mais ao centro, algo que sempre provocou crises dentro do PT. “ Estamos alinhando as forças do campo progressista e de centro com lideranças de partidos de centro que fazem parte do Governo do presidente Lula”.
Disse o deputado que é presidente regional do PT. Um exemplo disso foi a filiação do ex-deputado federal Fábio Trad, a aproximação com a emedebista Ministra do Planejamento Simone Tebet, ainda no MDB. Mais recentemente, ele tem procurado uma aproximação com outro membro da família Trad, o Senador Nelsinho, que está sendo preterido pelo grupo do governador Eduardo Riedel em seu projeto de reeleição no PSD.
“Coloquei meu nome como pré-candidato ao governo, para que a direita tenha representação verdadeira em Mato Grosso do Sul”. Anunciou Marcos Pollon que também está cada vez mais longe de permanecer no PL para concorrer ao Senado tenta atrair partidos de extrema-direita para um projeto de concorrer ao Governo do Estado e um dos mais importantes passos para viabilizar-se seria atrair o ex-deputado federal e ex-candidato a governador Capitão Renan Contar hoje filiado ao PRTB. Como opção, ele teria o Partido Novo, o Republicanos, o próprio PRTB e contando com os dissidentes do PL, como é o caso do deputado estadual João Henrique Catan.
Senado
Os três líderes enfrentam desafios distintos, enquanto Reinaldo Azambuja tem que administrar um congestionamento de candidatos na chapa ao Senado e nas proporcionais, o que deve provocar muitas insatisfações. No Senado o Podemos que tem a senadora Soraya Thronicke e no PSD que tem Nelsinho Trad a dificuldade é que não espaço para os dois na chapa pelo Senado uma vez que uma das vagas é do próprio Reinaldo Azambuja e a outra é reivindicada pelo PP com Gerson Claro e pelo PL que tem a vice-prefeita de Dourado Giani Nogueira, apadrinhada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Já Vander Loubet tenta convencer Fábio Trad que ainda não tem muita certeza em concorrer ao Governo do Estado, preferindo tentar retornar a Câmara Federal e sonha em ter Simone Tebet, que também tem convite para mudar de domicílio eleitoral para São Paulo. Marcos Pollon tenta o apoio do Republicanos, que até concorda em apoiá-lo em uma candidatura ao Senado, mas que espera principalmente para ver qual será o destino do Capitão Contar, cujo apoio consolidaria o seu projeto de concorrer ao Governo.