Sindicato reage e diz que mudança na CNH deve ser feita com cautela

Foto: Divulgação/arquivo
Foto: Divulgação/arquivo

Ministério dos Transportes prevê economia de até 80% para os futuros condutores

O SindCFCMS (Sindicato dos Centros de Formação de Condutores) e demais representantes do ramo das autoescolas irão à Brasília semana que vem a fim de aprofundar as discussões sobre a medida estudada pelo Governo Federal que pretende acabar com a obrigatoriedade das aulas em autoescolas no processo da CNH (Carteira Nacional de Habilitação). De acordo com o presidente da categoria, Henrique José Fernandes disse que este tipo de mudança não pode ser feita por meio de medidas como a divulgada na tarde de ontem pelo Ministério dos Transportes.

A reação surgiu após a divulgação em entrevista à Folha de São Paulo pelo Ministro Renan Filho, onde confirmou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria dado aval para que as aulas em autoescolas não sejam mais obrigatórias e que futuros condutores tenham aulas com instrutores certificados, mas sem vínculo necessário com CFCs (Centro de Formação de Condutores).

A medida não é recente e já estava sendo estudada desde agosto deste ano, mas ainda precisava ser aprovada pela Casa Civil. De acordo com a Folha de São Paulo, nesta quinta-feira (2), o ministro dos Transportes, Renan Filho, irá lançar uma consulta pública, que terá duração de 30 dias, cujo objetivo é saber a opinião da população a respeito do tema e, por isso, ainda não há certeza quanto a validade da decisão.

“Ele está fazendo o papel de ministro e colocando em consulta pública, mas eu acho que não passa. Fomos à Brasília e lançamos a Frente Parlamentar da Educação no Trânsito para debater este assunto. Então, essas mudanças não podem ser feitas por meio de medida, precisam ser bem pensadas”, afirmou.

De acordo com o ministro, a obrigatoriedade das aulas em autoescola tornam o processo excludente por ser mais caro e, com a mudança, fazer uma CNH ficaria até 80% mais barato. Ainda segundo informações da Folha, o Renan Filho teria dito “que as pessoas dirigem sem carteira e isso é o pior dos mundos”.

Ainda de acordo com Fernandes, dependendo da regra que será imposta pelo governo, apenas em Campo Grande, cerca de 3 mil pessoas, entre funcionários administrativos, diretores e outras funções terão seus empregos afetados.

“Ainda não sabemos qual vai ser a regra. Não sabemos se vamos precisar da quantidade de funcionários que temos hoje, se vamos continuar com todos administrativos. Temos que ver como vai ficar e se essa medida será aprovada”, disse.

Por Ana Clara Julião

 

Confira as redes sociais do Estado Online no Facebook e Instagram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *