Equipes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) cumprem mandados em Campo Grande e Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (1º), em mais uma ofensiva contra supostas fraudes em licitações.
Em Campo Grande, policiais do BPChoque acompanham buscas há cerca de uma hora em um prédio localizado na Rua Rio Grande do Sul, no Jardim dos Estados. Até agora, apenas uma equipe de Tecnologia da Informação (TI) do Gaeco deixou o local. Funcionários seguem dentro da empresa, enquanto os promotores analisam documentos e equipamentos. Nada foi retirado do imóvel até o momento, e o alvo principal da operação não foi divulgado.
Além dessa empresa, também é investigada a Zornimat, localizada na Avenida Afonso Pena. A casa de uma funcionária ligada às empresas investigadas, no Bairro Jardim Panamá, também foi alvo de busca.
Ligação com Sidrolândia
Em Sidrolândia, policiais cumprem mandados em endereços ligados ao proprietário, da Livraria Paulo Freire, já alvo da Operação Tromper. A empresa foi uma das vencedoras da licitação da Prefeitura de Sidrolândia, em 2022, para a troca de 5.314 chaves e fechaduras em prédios municipais, contrato avaliado em R$ 566,6 mil e dividido entre três empresas.
Histórico da Operação Tromper
A ação desta quarta-feira é um desdobramento da Operação Tromper, deflagrada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) desde 2023. Em agosto deste ano, 7 dos 23 investigados foram condenados pela 1ª Vara Criminal de Sidrolândia a penas de prisão e ressarcimento aos cofres públicos. Pedro Luiz, no entanto, não estava entre os condenados.
Segundo o MP, o grupo criminoso era liderado pelo ex-vereador Cláudio Serra Filho, o Claudinho Serra, preso em fases anteriores e solto no mês passado. Ele foi denunciado por comandar um esquema de lavagem de dinheiro estruturado em quatro frentes: uso de familiares, interpostos (“laranjas”), empresas de fachada e blindagem patrimonial.
A investigação apontou movimentações financeiras expressivas feitas por empresas sem atividade real, como o Lava Jato do Turquinho e a MedMari, além de repasses fracionados que chegaram a R$ 95 mil em apenas cinco dias. O MP sustenta ainda que a organização criminosa manteve a atuação mesmo após medidas cautelares já determinadas pela Justiça.
Até o momento, não há informações sobre prisões nesta nova fase da operação.
Confira as redes sociais do Estado Online no Facebook e Instagram
Leia mais