A Prefeitura de Campo Grande lançou nesta terça-feira (30), no Teatro Paço Municipal, o projeto “Centro em Ação”, que reúne medidas de segurança, investimentos privados e parcerias institucionais para revitalizar a região central da Capital. O evento contou com a presença da prefeita Adriane Lopes, representantes do Governo do Estado, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, universidades e entidades empresariais.

A prefeita Adriane Lopes ressaltou que o projeto nasce do diálogo com empresários e da união com entidades parceiras.

“São ações pontuais mostrando o que já foi feito e o que ainda será realizado no Centro. Recebemos reivindicações de comerciantes da 14 de Julho e buscamos parcerias, como com a Fecomércio, que já ocupa prédios fechados com Sesc e Senac. Queremos trazer vida novamente para essa região da cidade.”

Segundo a prefeita, além da segurança e da retomada de obras paradas, o município está atento ao destino de imóveis ociosos. “A Prefeitura não pode gerir prédios privados, mas estamos de portas abertas para apoiar iniciativas que revitalizem o Centro”, completou.

O secretário de Segurança e Defesa Social, Anderson Gonzaga da Silva Assis, explicou que parte das ações já está em prática, e os resultados são visíveis.

“A presença da Guarda Civil Metropolitana reduziu em quase 50% os índices de criminalidade na região. Hoje formalizamos esse compromisso, trazendo mais efetivo e bases móveis para locais estratégicos, como a antiga rodoviária.”

Anderson Gonzaga da Silva Assis – Foto: Roberta Martins

O presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Adelaido Villa, elogiou a iniciativa, mas reforçou a necessidade de maior atuação do município nas demandas do comércio local.

“É uma ação positiva, mas precisamos que a Prefeitura esteja ainda mais presente. Muitos lojistas enfrentam problemas de segurança e até desistiram de funcionar. Lutamos por verba para vídeo monitoramento e continuamos cobrando.”

Adelaido Vila – Foto: Roberta Martins

Investimentos privados reforçam transformação

Para o empresário do setor hoteleiro Wagner Marcelo Monteiro Borges, proprietário do Hotel Campo Grande, a região central precisa de modernização, mas representa uma oportunidade de negócios.

“O Centro está desvalorizado, mas tem potencial. Um metro quadrado aqui custa de R$ 1.500 a R$ 2.000, muito mais barato do que em outras áreas. Investi cerca de R$ 60 milhões entre a compra e reformas do Hotel e de imóveis vizinhos, porque acredito na recuperação do Centro.”

Wagner Marcelo Monteiro Borges – Foto: Roberta Martins

Integração como estratégia

O titular da Semades, Ademar Silva Junior, avaliou que o projeto é uma oportunidade de unir forças. “Os desafios são muitos, mas nosso esforço é coletivo. Com o engajamento de universidades, empresários e poder público, temos condições de atender às expectativas da população e encontrar soluções conjuntas.”

Com o “Centro em Ação”, a Prefeitura aposta na combinação entre segurança reforçada, novos investimentos e ocupação de imóveis ociosos. A proposta, segundo autoridades e empresários, é devolver ao coração de Campo Grande o protagonismo econômico e cultural perdido nos últimos anos.

Ademar Silva Junior – Foto: Roberta Martins

Já o gerente de empreendedorismo da Semades (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável), Marcelo Demidjian, destacou que o projeto vai além de obras ou policiamento.

“O Centro é o ponto de partida histórico e cultural de Campo Grande. O ‘Centro em Ação’ integra segurança, inovação e desenvolvimento econômico, com a prioridade de devolver vitalidade a essa região.”

Com informações da repórter Ana Clara Julião

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