Após a prata, Yeltsin cita forte calor em Nova Déli

Yeltsin Jacques comemora o segundo lugar em Mundial na Índia - Foto: Alessandra Cabral/CPB
Yeltsin Jacques comemora o segundo lugar em Mundial na Índia - Foto: Alessandra Cabral/CPB

 Sul-mato-grossense conquista medalha em Mundial de Atletismo

 

Quase uma semana depois de completar 34 anos – seu aniversário é em 21 de setembro – Yeltsin Ortega Jacques abriu o quadro de medalhas para o Brasil no Mundial de Atletismo Paralímpico, em Nova Déli ,na Índia. Sábado (27), o sul-mato-grossense conquistou a medalha de prata na prova dos 5 mil metros pela classe T11 (deficiência visual) com o tempo de 15min29s73.

Mesmo após fazer a sua melhor marca na temporada, o campo-grandense citou o forte calor no país asiático como obstáculo em seu desempenho na corrida disputada na manhã de sábado, fim da noite de sexta-feira em Mato Grosso do Sul. A diferença no fuso é de 9 horas.

“Era o atual campeão mundial da prova na casa do japonês. Agora foi a vez dele vencer”, ”, relembrou o paratleta. “A gente sentiu muito o calor, está muito quente. Só quem está aqui para sentir. Está pior que quando competimos no verão de Tóquio. Feliz por conquistar a primeira medalha do Brasil nesse Mundial”, afirmou Yeltsin, de acordo com o site do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).

Conforme o Climatempo, no momento da prova, a temperatura na capital da Índia girava em torno dos 35ºC. Outro brasileiro envolvido na prova, o paulista Júlio Agripino, que é o atual recordista mundial da disputa, saiu da prova devido a um mal-estar após os 3.000m.

Pentacampeão nos 100m T47 (deficiência nos membros superiores), o paraibano Petrúcio Ferreira também comentou sobre o clima em Nova Déli. “Até estranho um nordestino reclamar do calor, mas realmente está muito quente”, disse o paratleta que busca mais medalhas em mundiais.

Japonês leva o ouro

Kenya Karasawa chegou a frente do sul-mato-grossense com a marca de 15min23s38, enquanto Rudakov – que participa na condição de atleta “neutro” devido às sanções contra a Rússia – finalizou em terceiro, com 15min43s05.

A segunda medalha do país veio com o paranaense Vinícius Cabral, que chegou na segunda colocação dos 100m T71, na modalidade Petra, com o tempo de 22s43, atrás somente do polonês Artur Krzyzek, que fez 21s19. Vinícius Cabral é um dos nove estreantes do Brasil em Mundiais.

Este é o primeiro Mundial de atletismo após a realização dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Na capital francesa, a modalidade rendeu 36 pódios ao país, sendo 10 ouros, 11 pratas e 15 bronzes. As provas estão sendo realizadas no estádio Jawaharlal Nehru e a delegação brasileira conta com 50 atletas e nove atletas-guia. Esta é a 12ª participação brasileira em um Mundial da modalidade.

Principais conquistas de Yeltsin
– Ouro nos 1.500m e bronze nos 5.000m T11 nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024;
– Ouro nos 5.000m no Mundial de Kobe 2024;
– Ouro nos 5.000m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023;
– Ouro nos 1.500m e bronze nos 5.000m no Mundial Paris 2023;
– Ouro nos 5.000m e nos 1.500m nos Jogos de Tóquio 2020;
– Ouro nos 1.500m no Parapan de Lima 2019;
– Ouro nos 1.500m e bronze nos 5.000m no Parapan de Toronto 2015;
– Prata nos 1.500m e bronze nos 800m no Mundial de 2013 na França.

 

Por Luciano Shakihama/

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