Crise Hídrica: em situação crítica no Rio da Prata, trecho seca e 148 peixes são resgatados

Foto: reprodução
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Um trecho do Rio da Prata, próximo à ponte do Curê, em Jardim, levou equipes ambientais a capturar e transferir 148 peixes para áreas onde o rio mantém fluxo normal de água. A ação foi necessária para evitar a morte por asfixia, após alguns peixes não resistirem à falta de água e serem encontrados mortos na região afetada dias antes da operação.

A ação, realizada na última sexta-feira (19) com licença ambiental, contou com a participação do Instituto Guarda Mirim Ambiental, do Recanto Ecológico Rio da Prata, da Polícia Militar Ambiental e da Fazenda Vale do Prata. O objetivo foi preservar a garantir a sobrevivência das espécies em trechos impactados pela estiagem.

Os peixes foram transportados em caixas d’água até o Recanto Ecológico Rio da Prata, localizado em uma região onde o fluxo do rio permanece constante. Durante a operação, foram contabilizados 148 peixes, incluindo 10 piraputangas, 36 curimbas, 76 lambaris, 6 joaninhas, 7 canivetes, 8 pacu-peva e 5 traíras.

Monitoramento alerta para situação crítica

O Instituto Guarda Mirim Ambiental monitora a situação desde o início do mês e constatou que o cenário se agravou. No dia 17, a equipe registrou novamente o leito do Rio da Prata praticamente seco, repetindo episódios críticos de anos anteriores.

Com o auxílio de drones e observações em campo, a equipe documentou a gravidade da situação, reforçando a necessidade de preservação dos recursos hídricos e do cuidado com a natureza.

O Rio da Prata, famoso pelas águas cristalinas, é um patrimônio natural de Jardim, referência em biodiversidade e turismo sustentável.

Segundo o analista ambiental Leandro Neri Bortoluzzi, a partir de outubro, com a intensificação das chuvas, espera-se que o nível dos rios menores comece a subir. Ele explica que, em alguns anos, as chuvas mais volumosas iniciam entre o final de setembro e início de outubro, enquanto em outros anos ocorrem entre o final de outubro e início de novembro.

Por Geane Beserra

 

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