Escolha simbólica segue rodízio previsto no regimento; ministro comandará julgamentos de réus ligados à tentatica de golpe
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) terá novo comando a partir de 1º de outubro. O ministro Flávio Dino foi eleito nesta terça-feira (23) para presidir o colegiado, em sucessão a Cristiano Zanin. A escolha ocorreu de forma simbólica, já que a presidência é definida em rodízio anual entre os integrantes.
Além de Dino e Zanin, a turma é composta por Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Cabe ao presidente organizar a pauta de julgamentos, tarefa que colocará Dino à frente de processos relacionados à trama golpista do governo Jair Bolsonaro. Até agora, apenas o núcleo 1 do caso — que inclui o ex-presidente e mais sete acusados — já foi condenado. Outros quatro núcleos devem ser julgados ainda em 2025.
Formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Dino foi juiz federal, presidiu a Associação dos Juízes Federais (Ajufe) e chefiou a Secretaria-Geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em 2006, iniciou carreira política ao se eleger deputado federal. Depois, assumiu a presidência da Embratur (2011–2014) e, em seguida, governou o Maranhão por dois mandatos consecutivos. Em 2022, conquistou uma vaga no Senado, mas deixou o cargo para comandar o Ministério da Justiça no início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Indicado por Lula ao Supremo, Dino tomou posse em fevereiro de 2024, na vaga aberta com a aposentadoria de Rosa Weber. Agora, menos de um ano após sua chegada, passará a liderar a Primeira Turma da Corte.
*Com informações da Agência Brasil
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