Haddad prevê queda “sustentável” dos juros e diz que cenário deve mehorar em 2026

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Ministro da Fazenda afirmou em evento em Sâo Paulo que trajetória dependerá também de articulação política para fortalecer arcabouço fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (22), em São Paulo, que espera uma redução consistente e duradoura na taxa de juros nos próximos meses. Ele não estipulou datas, mas sinalizou otimismo em relação ao cenário econômico a partir do próximo ano.

“Acho que os juros vão começar a cair e vão cair, na minha opinião, de forma consistente e de forma sustentável”, disse o ministro, ao participar do evento Macro Day, promovido pelo BTG Pactual. “Eu não sei em que momento, mas em algum momento ─ com os indicadores de inflação que nós estamos colhendo, com o dólar no patamar que está e com tudo que está acontecendo ─ eu acho que as coisas vão melhorar muito a partir do ano que vem. E eu acho que vai ser uma trajetória sustentável.”

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, justificando a decisão pela instabilidade do ambiente externo e pela política econômica dos Estados Unidos. A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para conter a inflação, ao encarecer o crédito e desacelerar a atividade econômica.

Durante o encontro, Haddad argumentou que o nível elevado dos juros no Brasil não pode ser explicado apenas pela situação fiscal. “Existem outras coisas que explicam o juro no Brasil. Muitas outras coisas. O fiscal é muito importante, mas não é a única explicação para esse patamar de juros”, afirmou.

Ele também ressaltou que a responsabilidade pela condução da política fiscal não se restringe ao Executivo, envolvendo também Congresso Nacional e Judiciário. Para ele, a consolidação do arcabouço fiscal depende de acordos políticos. “Para ele [arcabouço] ser fortalecido, você precisa criar as condições políticas de sentar com os parlamentares e falar: ‘nós vamos precisar ajustar algumas regras, senão o arcabouço não vai ser sustentável no longo prazo’”, concluiu.

*Com informações da Agência Brasil

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