Os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Damares Alves (Republicanos-DF) viajaram nesta sexta-feira (19) para Roma, na Itália, para visitar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa desde julho no Complexo Penitenciário de Rebibbia.
Segundo o advogado da parlamentar, Fábio Pagnozzi, o encontro ocorreu na tarde de hoje, com início previsto para as 14h30 no horário local (9h30 em Brasília). Os parlamentares afirmaram que a viagem, incluindo passagens e hospedagem, não teve custos para o Senado Federal e foi motivada por “gesto de solidariedade” à colega.
Além da visita, Flávio Bolsonaro e Magno Malta também participam do evento “Brasil – Democracia ou Ditadura?”, que começou nesta sexta e segue até segunda-feira (22), no Hotel Dei Congressi, em Roma. A conferência reúne grupos da direita brasileira na Europa, como Patriotas em Roma, Movimento Yes Brazil USA, Democracy for Brazil — Suíça, Liga Conservadora Brasil — Alemanha e Patriotas em Barcelona.
Condenações e processo de extradição
Carla Zambelli aguarda na Itália o julgamento de um pedido de extradição para o Brasil. Ela foi condenada por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica. A deputada também recebeu nova condenação no Supremo Tribunal Federal (STF) a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, após perseguir armada um jornalista em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
No Brasil, Zambelli enfrenta ainda um processo que pode levar à perda definitiva do mandato parlamentar. A decisão da Justiça precisa ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e, posteriormente, votada em Plenário.
Críticas à prisão preventiva
Durante a visita, o senador Magno Malta criticou a detenção da deputada. “Carla não está sozinha! Sua prisão preventiva é desproporcional e revela o viés de um sistema que persegue vozes conservadoras. Estamos aqui para lembrar ao mundo que a justiça não pode ser instrumento de vingança política”, declarou.
O governo brasileiro ainda não se manifestou sobre a visita dos senadores nem sobre o andamento do pedido de extradição.
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