O ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, é oficialmente do PL após filiação deste domingo (21), marcando o fim de uma trajetória de mais de 30 anos no PSDB. A partir desta segunda-feira (22), já como presidente estadual da legenda e terá como uma de suas primeiras missões a formação da nova executiva estadual provisória do partido que não terá eleição.
A estruturação da executiva inclui a definição de nomes para cargos estratégicos como a tesouraria e a secretaria-geral. Além disso, será discutida a continuidade ou reestruturação do diretório municipal de Campo Grande, atualmente presidido pelo deputado estadual Coronel David e também nos demais municípios do estado buscando a acomodação das lideranças que deixaram o PSDB e assinaram ficha no PL.
A mudança representa um reposicionamento político de Azambuja, agora mais alinhado com a direita nacional e deve provocar uma mudança significativa no cenário partidário estadual. Ao menos 19 prefeitos devem acompanhá-lo na migração para o PL, elevando o número de gestores municipais da sigla de cinco para 24. Com isso, o Partido Liberal empata com o PSDB como as legendas com maior número de prefeitos em Mato Grosso do Sul.
Na sequência, aparece o PP com 14 prefeitos, mas a expectativa é que esse número aumente com a recente filiação do governador Eduardo Riedel à sigla, o que pode atrair outros prefeitos. Já o MDB segue com oito prefeitos, após a cassação de Heliomar Klabunde, de Paranhos, que deixou o partido com uma cadeira a menos.
Azambuja chega ao PL com um discurso de prioridade em apoiar a reeleição do atual governador Eduardo Riedel (PSDB), descartando qualquer possibilidade de candidatura própria do PL ao governo estadual. Além disso, destacou o objetivo de articular uma frente ampla contra a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Eu nunca iria para o PL para fazer enfrentamento com o Riedel. Nosso compromisso é com a reeleição dele. Vamos unir forças com partidos como PP, União Brasil, PSD e Republicanos para montar um palanque forte e enfrentar o verdadeiro adversário: o PT e o projeto de um quarto mandato do presidente Lula”, afirmou o ex-governador.
Carol Chaves