A Executiva Nacional do União Brasil aprovou, nesta quinta-feira (18), uma resolução que obriga todos os filiados do partido a pedirem exoneração imediata de cargos ocupados no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O prazo é de 24 horas a partir da publicação da medida.
A determinação atinge postos estratégicos da administração federal, incluindo o Ministério do Turismo, comandado por Celso Sabino (União-PA), além de cargos em órgãos da administração pública direta e indireta. Quem descumprir a ordem ficará sujeito a processo disciplinar por “infidelidade partidária”, podendo ser punido com sanções que vão até a expulsão, conforme prevê o estatuto da sigla.
A decisão reforça orientação já anunciada no início de setembro pela Federação União Progressista, formada por União Brasil e Progressistas (PP), que havia recomendado a saída de seus quadros do governo, mas sem definir um prazo.
Nos bastidores, a medida ocorre em meio a um ambiente de tensão. O presidente Lula vinha demonstrando insatisfação com a postura do União Brasil e do PP, cobrando maior alinhamento nas votações no Congresso e em manifestações públicas, inclusive durante a última reunião ministerial.
Com a debandada das duas siglas, o Palácio do Planalto terá de reorganizar a Esplanada dos Ministérios e buscar novos aliados para recompor sua base de apoio no Legislativo.
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