O projeto de modernização do atendimento prestado pelo Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), que vem sendo idealizado desde os primeiros meses deste ano, começa a ser efetivamente implantado. Em março, o Governo do Estado aderiu ao PROADI-SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS), implementado pelo Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, com apoio do Ministério da Saúde e do CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), e as primeiras medidas começam a ser implementadas na semana que vem.
Consultores do Sírio Libanês apresentaram na última semana, ao corpo técnico do Hospital Regional, um completo diagnóstico da situação da unidade, acompanhado das medidas que serão implementadas. O encontro, que reuniu mais de 50 profissionais, contou com a presença do secretário de Estado de Saúde Geraldo Resende, do secretário municipal de Saúde, José Mauro, e do diretor-presidente do HRMS, Márcio Eduardo de Souza Pereira.
“Por determinação do governador Reinaldo Azambuja, estamos trabalhando no sentido de otimizar o funcionamento desta unidade. Vamos fazer todos os enfrentamentos para conquistarmos as mudanças necessárias e para que este hospital cumpra sua missão”, afirmou Geraldo Resende durante a reunião.
Geraldo Resende também elogiou o diagnóstico apresentado pelos técnicos e afirmou que o Hospital Sírio-Libanês é uma das instituições de maior credibilidade do país na área de gestão hospitalar. “Com esse projeto, vamos utilizar tecnologias que terão impacto positivo nos indicadores de eficiência interna”, salientou.
Miriam Maciel, consultora do Hospital Sírio Libanês, destacou a dedicação do diretor-presidente Márcio Eduardo e dos demais dirigentes da unidade hospitalar. “Com o entusiasmo dele e dos outros profissionais, a mudança vai acontecer”, ressaltou. A avaliação é compartilhada pela também consulta Soraya Fabrega e pelo gerente de consultoria, Rafael Saad.
Projeto Lean
“Acabou o discurso. Agora é ação”, afirmou Márcio Eduardo após a apresentação do diagnóstico. “Vamos discutir internamente os próximos passos e começar a implementá-los”, salientou, em relação à metodologia adotada, denominada “Lean”.
O Lean nas Emergências é um projeto do Ministério da Saúde cujo objetivo é reduzir a superlotação nas urgências e emergências de hospitais públicos e filantrópicos, buscando organizar fluxos internos para otimizar recursos, espaços e insumos. Com isso, melhora-se o tempo de atendimento, passagem e permanência do paciente na unidade hospitalar.
“Com essa metodologia, pretendemos implementar uma gestão que otimiza custos e reduz o tempo de atendimento e desperdícios. Para tanto, prioriza-se a utilização dos recursos de maneira eficiente e orientada, com o envolvimento das equipes em busca da melhoria contínua, voltada, em última análise, à satisfação dos usuários do SUS – Sistema Único de Saúde”, afirma o diretor Márcio Eduardo.
Para atingir esses resultados, o método Lean propõe a mudança não somente dos processos e operações ou inclusão de novas tecnologias. Sugere, acima de tudo, a mudança de mentalidade como um todo, dentro da instituição hospitalar. “Vamos desenvolver nossa capacidade de eliminar desperdícios continuamente e resolver problemas de maneira sistemática, percebendo gastos, etapas e esforços desnecessários, e com isso otimizando e qualificando o atendimento”, finalizou o diretor-presidente. (Da redação com Assessoria)