O presidente Jair Bolsonaro estará em Miami, na Flórida, entre os próximos dias 7 e 10 de março para cumprir uma agenda de atração de investimentos e de contato com os políticos americanos. Embora ainda não confirmado, um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que costuma passar finais de semana em seu resort de Mar-a-Lago, é uma possibilidade.
Anunciada e cancelada em seguida por duas vezes no ano passado, a viagem de Bolsonaro deriva de um convite do senador republicano Rick Scott, ex-governador do estado. O Brasil é o principal parceiro comercial da Flórida – a China aparece em segundo lugar – e tem ali presentes a Embraer, a Gerdau, a Votorantin e outras grandes empresas dos setores imobiliário, de construção civil, financeiro e de alimentos processados. Esses negócios respondem por 5.000 postos diretos de trabalho.
A razão que comoveu o Palácio do Planalto a organizar a viagem, porém, foi a presença de uma comunidade brasileira expressiva na Flórida, que maciçamente votou pelo então candidato do PSL à Presidência na eleição de 2018. Dados do Itamaraty mostram que há pelo menos 370.000 nacionais na área de ação do Consulado do Brasil em Miami – subestimado, o número inclui apenas aqueles que se registraram na instituição.
Na agenda do presidente está previsto um seminário empresarial, em Miami, para destacar o ambiente de negócios do Brasil, desanuviado pela aprovação da reforma da Previdência e pela expectativa de mudanças na administração pública e no sistema tributário.
Nessa mesma cidade, Bolsonaro se encontrará com os senador Scott e Marco Rúbio e com autoridades da cidade e do condado de Miami Dade. Sua reunião com o governador Ron DeSantis e sua visita à Embraer, em Jacksonville, não estão confirmados. Orlando, onde ficam os parques da Disney, não está no programa.
(Texto: Veja)