Oscilações refletem mudanças no clima e na oferta de produtos em diversas regiões produtoras do país
O preço de vários alimentos comercializados na Ceasa (Centrais de Abastecimento) apresentou variação na última semana de julho, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira. Alguns itens ficaram mais baratos, enquanto outros registraram alta significativa, influenciados principalmente pelo clima e pela oferta nas regiões produtoras.
Entre os produtos que tiveram queda no valor, destaque para a alface crespa, que passou de R$ 35 para R$ 30 a caixa de 7 kg, impactada pela redução no consumo durante os dias frios. A batata comum também ficou mais barata: o saco de 50 kg caiu de R$ 150 para R$ 140, reflexo do aumento da oferta em estados como Goiás, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Santa Catarina.
A cebola nacional seguiu a mesma tendência, com o saco de 20 kg recuando de R$ 45 para R$ 40. Segundo o levantamento, o avanço das colheitas em várias regiões produtoras contribuiu para o aumento da disponibilidade e, consequentemente, para a redução no preço.
Outras quedas foram registradas no preço da manga Tommy, que passou de R$ 65 para R$ 60 a caixa de 6 kg, e do quiabo, que baixou de R$ 190 para R$ 170 a caixa de 15 kg, ambos devido à combinação de demanda fraca e maior oferta.
Por outro lado, alguns alimentos ficaram mais caros. A maçã Gala, por exemplo, subiu de R$ 150 para R$ 160 a caixa de 18 kg, impulsionada por uma produção abaixo do esperado no Rio Grande do Sul. O mamão Formosa também apresentou aumento, saindo de R$ 70 para R$ 75 a caixa, com o clima desfavorável reduzindo a oferta nas regiões produtoras.
Outro produto em alta foi o tomate longa vida, com a caixa de 25 kg subindo de R$ 130 para R$ 140. O fim da colheita em algumas áreas foi apontado como motivo para a diminuição da oferta e a elevação dos preços. O melão espanhol também ficou mais caro, passando de R$ 55 para R$ 60 a caixa de 13 kg, beneficiado pela boa demanda no período.
Fechando a lista de aumentos, a melancia teve leve variação, subindo de R$ 1,80 para R$ 1,90 o quilo. A oferta abaixo do esperado tem mantido o preço em níveis mais altos.
As variações de preços observadas refletem o comportamento sazonal típico do setor hortifrutigranjeiro, fortemente influenciado pelas condições climáticas e logísticas.
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