Alteração passa a valer após o Brasil ser declarado área livre de aftosa pela OMSA
Antes, uma portaria do Ministério da Agricultura proibia o transporte de bovinos e bubalinos oriundos de estados que estavam em processo do status de zona “livre da febre aftosa”. O cenário mudou a partir de maio deste ano, quando o Brasil recebeu o certificado da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), reconhecendo o país como livre da doença. Isso significa, que agora está liberado o trânsito dos animais em todo território nacional, segundo afirmou o secretário estadual, Jaime Verruck.
“Com o novo status, não há mais restrições sanitárias para o transporte desses animais entre as zonas livres dentro do país”, salientou o titular da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). Com esse reconhecimento internacional, todo o território nacional agora possui a mesma condição sanitária: livre de febre aftosa sem vacinação, o que representa um marco histórico para a pecuária brasileira.
A medida consta em ofício do Ministério da Agricultura e se estende também aos estados de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.
O documento foi enviado pelo ministério a todas as superintendências de Agricultura e Pecuária do país, reforçando a inexistência de restrições de trânsito de animais suscetíveis à febre aftosa entre as zonas livres existentes, sem prejuízo do cumprimento das normas vigentes para cada espécie e das ações de fiscalização nos postos fixos de cada estado.
Reconhecimento do Mapa em 2024
Antes do Brasil ter o reconhecimento da OMSA, Mato Grosso do Sul já havia recebido o certificado de “Estado livre de febre aftosa sem vacinação”, em março de 2024. O feito foi publicado na portaria do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) no dia 25. A última imunização contra aftosa no rebanho sul-mato-grossense foi realizada em novembro de 2022.
“Sem sombra de dúvidas é um marco para o nosso Estado, reflexo de um trabalho que começou lá atrás, demos continuidade e agora conseguimos esse resultado. A carne bovina de Mato Grosso do Sul já é um produto com reconhecimento internacional, algo que agora só deve crescer mais ainda”, comenta o governador Eduardo Riedel.
Já o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, comentou na época que o reconhecimento do Mapa atesta a eficiência da questão sanitária no Estado. “Isso mostra todo o trabalho da Iagro junto com o Ministério da Agricultura”, concluiu.
Por Suzi Jarde
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