A Prefeitura Municipal de Campo Grande está de olho em projetos que possam beneficiar a Capital, entre eles o Plano Mansueto, e, para isso, vem buscando executar medidas para melhorar a saúde fiscal da cidade, revelou o secretário da Sefin (Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento), Pedro Pedrossian Neto.
O Tesouro Nacional divulgou na terça-feira (13) o Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais, e Mato Grosso do Sul e Campo Grande continuaram com nota C da Capag (Capacidade de Pagamento), ou seja, ambos não têm aval da União para tomar empréstimos. A nota C não é ruim e também não significa que o Estado e a Capital não possam contratar empréstimos, eles podem, porém não terão a União como uma espécie de avalista.
“No C você está em uma zona cinzenta entre ser um bom pagador e alguém que tá com risco e é onde o Estado de MS está, assim como a maioria dos outros estados. Campo Grande também é C”, ressaltou o secretário durante o sorteio de prêmio do IPTU, realizado na manhã de ontem (15).
Adiantando soluções, ele explicou que o prefeito Marquinhos Trad, pensando na saúde fiscal, passou a reforma da Previdência no município para conter os gastos da máquina. Na época da votação na Câmara Municipal, Marquinhos revelou que a prefeitura tem de tirar todos os meses R$ 12 milhões do caixa para cobrir o deficit previdenciário do município, algo em torno de R$ 156 mi ano.
Criado pelo governo federal para ajudar estados e municípios em situação parecida com a nossa, o Plano Mansueto é benquisto pela prefeitura. “Diante de todo esse quadro que os estados e municípios estão enfrentando de dificuldade, estão criando uma exceção dessa regra, onde os estados e municípios que estejam na classificação como C, possam pegar recursos temporariamente para sanear suas contas emergenciais com tanto que eles façam algum plano de ajuste, que tem que ser pactuado, tem que passar uma lei e tem uma série de coisas que deve ser feita. MS tem muito interesse, Campo Grande tem muito interesse. O município vem buscan do formas de melhorar a sua saúde fiscal e justamente para se enquadrar nesse planos que possam beneficiar Campo Grande”, finaliza.
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(Marcus Moura e Rafaela Alves)
