O procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, de 60 anos, morreu nesse domingo (23) após sofrer um infarto em Campo Grande. O corpo será velado nesta segunda-feira (24), a partir das 8h, no Cemitério Parque das Primaveras, localizado na Avenida Senador Filinto Müller, no Jardim Parati.
Zeolla ficou conhecido nacionalmente em 2009, após matar o sobrinho Cláudio Zeolla, de 23 anos, com um tiro na nuca. O crime aconteceu em 3 de março de 2009, quando o rapaz seguia para a academia na Rua Bahia, em Campo Grande. Zeolla foi preso no mesmo dia e posteriormente condenado a oito anos de prisão em regime semiaberto.
Na época do crime, Zeolla relatou que enfrentava complicações após uma cirurgia de redução de estômago. Segundo seu depoimento, ele teve dificuldades para dormir na noite anterior ao assassinato e, ao acordar, ouviu dois sobrinhos comentando sobre uma suposta agressão de Cláudio ao avô, de 76 anos.
Movido por um sentimento de revolta, Zeolla disse que saiu em busca de Cláudio com a intenção de dar um “corretivo”. No entanto, ao ver o pai chorando e fragilizado no dia seguinte, tomou a decisão fatal.
“Foi a maior loucura da minha vida”, declarou Zeolla em depoimento durante o julgamento em 21 de junho de 2011.
Após a condenação, Zeolla chegou a ser transferido para a unidade prisional da Gameleira em 2012, mas conseguiu autorização judicial para ser internado em uma clínica de tratamento psiquiátrico.
Em 2018, Zeolla voltou a ser manchete após ser preso por suspeita de estupro de adolescente. A prisão foi feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), após investigações que começaram em 2015.
Na época, um adolescente de 13 anos denunciou que era abusado por um homem conhecido como “Carlos Xará”, que seria um procurador aposentado. As investigações apontaram ainda que mais dois meninos — um de 10 e outro de 11 anos — também teriam sido vítimas de Zeolla.
O adolescente de 13 anos relatou que Zeolla prometeu levá-lo para passear na Alemanha, enquanto as outras duas vítimas disseram que eram embebedadas antes dos abusos. O responsável pelo caso, o delegado Mário Donizete Ferraz de Queiroz, confirmou que as denúncias foram consistentes e levaram à prisão preventiva de Zeolla.
O velório e o sepultamento serão restritos a familiares e amigos próximos.
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