Oficinas terão 14 horas de duração, distribuídas ao longo de sete semanas
A dança sempre foi uma poderosa ferramenta de expressão e transformação, e o projeto “Dança Infância” chega para oferecer uma nova perspectiva para crianças de 8 a 15 anos em Campo Grande. Com a proposta de ensinar as danças urbanas – Street Dance, Hip Hop e Breakdance – o projeto visa proporcionar acesso à cultura e ao aprendizado artístico, principalmente para jovens de comunidades periféricas que muitas vezes não têm acesso a atividades extracurriculares.
Realizado por meio da Lei Paulo Gustavo e com o apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, o projeto será executado nas associações comunitárias Projeto Som e Vida, ACIESP e Associação Mobiliza. Com aulas que começam no dia 15 de março, a iniciativa visa impactar positivamente a vida de 45 crianças, divididas em três turmas, oferecendo a elas 14 horas de oficinas ao longo de sete semanas.
A coordenadora e professora Andressa Espíndola, junto com Carla Carolina, também professora de dança, serão responsáveis pelas oficinas. As aulas acontecerão aos sábados, de março a abril, com 2 horas de duração por turma. A metodologia adotada não foca apenas na técnica da dança, mas também promove o desenvolvimento da coordenação motora, flexibilidade, postura e consciência corporal. Mais do que isso, as crianças serão incentivadas a entender o papel da dança na sociedade, o conceito de coletivo, e a rica cultura por trás das danças urbanas, especialmente no contexto do Hip Hop.
Sobre o Projeto
A proposta do “Dança Infância” surge como uma resposta a uma grande demanda por atividades culturais nas periferias de Campo Grande, onde muitas famílias enfrentam dificuldades financeiras e têm acesso restrito a projetos extracurriculares. Para a reportagem, Andressa Espindola, coordenadora do projeto, a iniciativa busca complementar e oferecer as crianças uma oportunidade única de vivenciar a arte da dança em sua plenitude, o que pode abrir portas para um futuro melhor e mais inclusivo.
“Para as crianças que participam do projeto, a dança é mais que um simples movimento. Ela é uma ferramenta para o desenvolvimento social e emocional, além de uma forma de se conectar com a arte de maneira divertida e acessível”, afirma Andressa Espíndola.
Com uma proposta inclusiva, o projeto também se preocupa com a acessibilidade. Serão realizadas adaptações para garantir que todos os participantes possam aproveitar a experiência, incluindo a contratação de intérpretes de LIBRAS para a mostra final. A culminância do projeto será uma apresentação especial, a ser realizada no dia 3 de maio no Teatro Allan Kardec, com direito a toda a infraestrutura que as crianças merecem – iluminação profissional, camarins, cenário digno de grandes produções e um ambiente confortável para as famílias acompanharem o resultado final do esforço dos alunos.
Além das aulas práticas, as oficinas também contemplarão aspectos teóricos sobre a cultura Hip Hop, moda e estilo, conectando os jovens com uma vertente cultural que vai além da dança. As crianças terão a chance de explorar e compreender as origens dessa arte, o que representa e como ela pode influenciar suas vidas, ampliando seus horizontes culturais.
“Além de terem a oportunidade de vivenciar a dança com todos os benefícios que ela oferece, tando físico quanto para habilidades sociais e artíticas, este projeto também pode abrir portas uma vez que através desta oficina pode despertar e revelar novos talentos artísticos na região de Campo Grande, fortalecendo e ampliando a economia da cultura regional”, afirma Andressa.
O projeto também vem com o objetivo de trabalhar o empoderamento e a autoestima dos participantes, promovendo uma visão de futuro mais positiva. A solidariedade e a generosidade estão no centro da proposta, não apenas para os jovens, mas também para as instituições que apoiam a luta social e que acreditam na importância de iniciativas como essa.
“No aspecto pessoal acredito que pode impactar de diversas formas, na autoestima e confiança, porque ao aprenderem os movimentos, se apresentarem em público vão passar a acreditar mais em si mesmos e em suas capacidades. Na expressão emocional, pois a dança permite que os jovens canalizem emoções e desafios cotidianos criativamente, ajudando no equilíbrio emocional”.
Benefícios
O projeto “Dança Infância” não só promove a disciplina, o foco e o desenvolvimento da saúde física e mental dos jovens, mas também tem um impacto significativo no aspecto social. Ao criar um ambiente de pertencimento, o projeto permite que os participantes se sintam parte de um grupo solidário e acolhedor. Esse senso de comunidade é essencial para o fortalecimento da autoestima e do bem-estar dos jovens.
Além disso, a convivência no ambiente de ensaios e apresentações contribui para o desenvolvimento de habilidades sociais fundamentais. A interação constante entre os participantes estimula o respeito mútuo, a comunicação eficaz e a empatia, preparando os jovens para lidar com situações sociais fora do contexto da dança.
“Além da disciplina e foco, saúde física e mental. Já no aspecto social, creio que ajudará na construção da sociedade, pois o projeto cria um senso de pertencimento, permitindo que os jovens se sintam parte de um grupo que os apoia. Vai desenvolver habilidades sociais, pois a convivência em equipe, seja nos ensaios ou na apresentação, estimula o respeito, comunicação e empatia. Redução da vulnerabilidade, reconhecimento e visibilidade também estão dentro dos aspectos sociais que creio que serão alcançados”, destaca.
Inscrições
As oficinas acontecerão em três Associações Comunitárias de Campo Grande: Projeto Som e Vida, ACIESP e Associação Mobiliza. Cada instituição receberá as aulas uma vez por semana, durante sete semanas, totalizando 14 horas de aprendizado em Street Dance, Hip Hop e Breakdance.
Serão atendidas 45 crianças no total, sendo 10 na Associação Mobiliza, 25 na ACIESP (distribuídas em duas turmas) e 10 no Projeto Som e Vida. As aulas ocorrerão aos sábados, de 15 de março a 26 de abril, com 2 horas de duração por turma. As oficinas serão conduzidas pelas experientes profissionais Andressa Espíndola Moraes e Carla Carolina, que além de ensinar a técnica de dança, buscarão transmitir aos alunos a importância da arte, do movimento e da cultura por trás dessas danças urbanas.
O projeto culminará com a realização da Mostra “Dança Infância”, que acontecerá no dia 3 de maio, no Teatro Allan Kardec. Para essa apresentação, serão oferecidas as mesmas condições que grandes estúdios de dança proporcionam aos seus alunos em espetáculos de grande porte: iluminação de palco adequada, som de qualidade e um espaço confortável para os familiares prestigiarem a performance das crianças. Além disso, todos os alunos receberão uma camiseta exclusiva com a arte do projeto, que será usada na apresentação final. Ao término da mostra, será realizada a entrega dos certificados aos participantes, como reconhecimento pelo esforço e dedicação.
As inscrições para o projeto estarão abertas de 1º a 22 de fevereiro e as vagas são limitadas. Os responsáveis devem assinar a inscrição no momento do registro, acompanhado do aluno, e os contatos estarão disponíveis para esclarecimentos. Vale destacar que a participação é exclusiva para alunos que frequentam a escola regularmente e residem nas regiões das associações. As fichas de inscrição serão disponibilizadas nas instituições no dia indicado.
Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelos WhatsApps de Ednan (67 99232-8214) e Thaís (67 99209-1348).
Por Amanda Ferreira
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