Em entrevista ao jornal Valor Econômico, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que prevê a criação de um fator condicionante para beneficiários do Bolsa Família, no qual ajudará a “ensinar uma mãe a ser mãe”. Ela afirma que agora, após as mudanças, as famílias terão ao menos três encontros com o Conselho Tutelar.
O governo prevê uma reestruturação no programa, que pode aumentar a renda de 10 milhões de beneficiários mais pobres que já estão no programa social e deve custar em torno de R$ 7 bilhões. Damares Alves também defendeu o Plano Nacional de Prevenção ao Risco Sexual Precoce, campanha que tem gerado polêmica ao abordar a abstinência sexual como forma de evitar a gravidez precoce.
“Eu quero oferecer outra opção além dos anticoncepcionais. Quero explicar para esses meninos e meninas que quem não fica não é careta. Aí virou uma confusão e dizem que eu prego a abstinência. Mas, me diga, que dano eu vou causar dizendo a eles que não comecem a transar aos 12 anos e que pensem duas vezes, que segurem a onda?”, disse.
“Se alguém me mostrar que a vagina de uma menina de 12 anos não vai ser destroçada se for penetrada todos os dias ou que o ânus de um menino não será arrebentado, eu mudo de ideia e deixo de defender a proposta de retardar o início das relações sexuais – que, vamos deixar claro, não é abstinência”, completou.
(Texto: Julisandy Ferreira com informações da IstoÉ)