A Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) vai repassar o total de R$ 1,182 milhão à UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) para construir uma estrutura de 314 metros quadrados anexo ao Bloco C, na sede da instituição, em Dourados, para abrigar o Centro de Estudos de Recursos Naturais (CERNA). Com parte desses recursos (R$ 212 mil) será adquirido, ainda, um equipamento muito importante para pesquisar as propriedades físicas e químicas de uma substância: o Calorímetro de Varredura Diferencial.
A professora doutora Margarete Soares da Silva, do Centro de Pesquisa em Materiais (CEPEMAT) da UEMS, explica que o Calorímetro vai permitir estudar várias espécies inorgânicas e orgânicas, de forma qualitativa e quantitativa, em pesquisas com amostras ambientais diversas, polímeros, materiais de construção civil (microconcreto, compósitos solo simento, etc), ligas metálicas, vidros, materiais avançados (piezoelétricos, semicondutores, catalisadores, fotovoltaicos, etc), biocombustíveis, óleos vegetais e gorduras, fármacos, óleos essenciais e estudo cinético e termodinâmico de reações químicas.
O Termo de Compromisso que garante o repasse dos recursos foi assinado em ato na Governadoria, na tarde dessa quinta-feira (6), pelo governador Reinaldo Azambuja, secretário da Semagro, Jaime Verruck e o reitor da UEMS, Laércio Alves de Carvalho. O evento contou com a presença de deputados, prefeitos do interior, professores e estudantes do Curso de Medicina da UEMS, entre outros convidados.
O secretário Jaime Verruck destacou a importância do investimento em biotecnologia, integrado à estratégia macro do governo para promover o desenvolvimento econômico sustentável do Estado. “A implantação dos conceitos da bioeconomia e a exploração de todas as suas potencialidades certamente não será uma tarefa das mais fáceis, pois demandará novos processos e a integração de diferentes setores como a agricultura, a pecuária e a indústria de transformação. Estamos trabalhando fortemente para colocar Mato Grosso do Sul a frente neste setor”.
No entendimento do governador Reinaldo Azambuja, o mais importante no convênio não é o recurso para construção do prédio que abrigará os laboratórios, porém os equipamentos e os pesquisadores que desenvolverão seus estudos naquele ambiente. “A gente não vive de prédio, o que importa é o conteúdo”, disse o governador.
(Texto: Lyanny Yrigoyen com assessoria)