O elevado nível de informalidade no mercado de trabalho prejudica não apenas o avanço na renda dos trabalhadores, mas também a contribuição para a Previdência, afirma a analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Adriana Beringuy.
“Se a gente compara o cenário de contribuição previdenciária de hoje com 2014, a proporção era muito maior (64,6% em 2014). Porque o contingente de pessoas com carteira assinada era maior”, disse Adriana.
A proporção de trabalhadores ocupados que contribuem para a Previdência Social ficou em 62,9% na média de 2019, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). O resultado representa o menor patamar desde 2013, quando também estava em 62,9%. O auge da contribuição foi alcançado em 2016 com 65,6%.
Embora o Brasil tenha atingido no ano passado um recorde de pessoas no mercado de trabalho, que representa uma média de 93,390 milhões de brasileiros, o mercado de trabalho registrou também um ápice de 38,363 milhões de trabalhadores que atuam na informalidade.
O levantamento inclui empregados do setor privado sem carteira assinada, trabalhadores domésticos sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria sem CNPJ, empregadores sem CNPJ e o trabalhador familiar auxiliar.
(Texto: Julisandy Ferreira com informações da IstoÉ)